data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Ao chegar na metade do mês, a quantas andam as tratativas para que o Hospital Regional esteja em pleno funcionamento com os 50 leitos (clínicos e de UTI)? Nesta terça-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) e a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, anunciaram que na próxima semana - ainda sem precisar uma data - que o complexo terá a abertura de leitos clínicos. Na fala de ambos, o chefe do Piratini destacou "a rede de solidariedade local" para viabilizar os leitos. Arita acrescentou que o Regional vem para "preencher um vazio de leitos".
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É ao observar o calendário que a coluna traz o que já foi feito e o que ainda precisa ser trilhado para que o complexo esteja à disposição da população. Até porque a pandemia da Covid-19, já disseminada em Santa Maria, deve ter o seu pico no mês de maio.
Se espera que o prazo agora prometido pelo Executivo gaúcho seja cumprido. Até porque está mais do que em tempo de o Regional ser, o que até hoje ele não é, um hospital.
O PAPEL DE CADA UM
O fato é que o Instituto de Cardiologia-Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), que faz a administração no Regional, contratou no começo do mês uma empresa para realizar as adequações na estrutura. Para estes serviços, o governo do Estado aportou um total de R$ 7,2 milhões para isso. Sendo que, deste valor, R$ 2 milhões estão liberados para dar enfrentamento aos problemas estruturais do complexo de 20 mil m², mas que até hoje tem apenas 12 mil m² utilizados. Ou seja, segue sendo um grande elefante branco inoperante com apenas dois ambulatórios. O Regional, que consumiu R$ 70 milhões dos cofres públicos e que levou 15 anos para se tornar realidade, é nada mais que um postão.
A grande chance de redenção dele para com a sociedade está justamente no maior desafio de toda uma população: ser um hospital referência e de suporte a Santa Maria e região no enfrentamento à pandemia.
No momento, o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), que tem sido um parceiro da sociedade, está à frente da instalação dos 53 aparelhos de ar-condicionado doados pela Receita Federal. Além disso, Justiça Federal, Ministério Público do Trabalho, MPE e MPF também têm sido parceiros.
NO LIMITE
A expectativa é que, em até 15 dias, seja dado início à contratação dos profissionais que atuarão junto à demanda. O número, contudo, ainda está sendo avaliado conjuntamente entre a fundação e a própria Secretaria Estadual de Saúde (SES). Além disso, a fundação, com o recurso do Estado, também já providenciou a compra de itens básicos de enfermagem e outros equipamentos de suporte (mobiliário), que devem estar sendo montados até o fim deste mês.
Agora, também junto ao Piratini, é aguardada a chegada dos equipamentos para os leitos de UTI, que serão locados pelo Executivo gaúcho, a exemplo do que foi feito junto ao Hospital Universitário de Santa Maria, que conta com 20 leitos de UTI liberados pelo Estado.
Para o Regional, serão, ao todo, duas frentes de leitos. A primeira prevê os chamados leitos clínicos (num total de 40) e, posterior a isso, o que deve ocorrer entre junho e julho, o complexo terá mais 10 leitos de UTI. O tempo, mais uma vez, pode ser vilão ou aliado. Por enquanto, vamos acompanhar o calendário e ver se todos estão desempenhando suas funções e o que foi pactuado.