O mais votado na consulta interna e o escolhido pelos conselheiros superiores, no processo de definição de quem será o reitor da UFSM, o atual vice-reitor, Luciano Schuch (foto), acena com ares de renovação e de atualização para a maior instituição de Ensino Superior de Santa Maria. Com a tendência real de ele ter o nome chancelado pelo Ministério da Educação (MEC) e estar à frente da universidade pelo período de 2022 a 2025, Schuch é o que se espera de quem senta na cadeira de reitor da UFSM: realizar uma gestão que projete no presente um futuro promissor para a instituição, e, inclusive, conectada com a sociedade.
Ao contrário de muitos pesquisadores, que quando confrontados com a prática não sabem como materializar a teoria, Schuch é um conhecedor da universidade. Ao observar a necessidade de se avançar a passos céleres e com comprometimento, o egresso da universidade e professor do Centro de Tecnologia (CT) quer fazer o que poucos, para não soar tão antipático, conseguiram realizar até hoje de forma ainda embrionária: dar um planejamento estratégico atrelado ao desenvolvimento da instituição.
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Schuch planeja e age com os pés no chão. A fala do atual vice-reitor evidencia um entendimento muito claro e lúcido: o de que uma universidade pública não é uma empresa, mas, sim, um empreendimento. E é por isso que ele traça um planejamento de médio e longo prazo, com metas definidas, planos de ação, indicadores de desempenho e gestão estratégica de recursos.
Não é isso o que se vê na maioria das instituições de ensino superior da esfera pública. E é isso que ele quer aqui para a UFSM.
DESAFIO
Romper com o lobby de burocratas e o corporativismo sindical e de parte do funcionalismo será o desafio que Schuch terá de enfrentar. Mesmo que sejam nichos restritos, eles existem e, ao longo das últimas décadas, essas pessoas mantiveram a universidade reclusa e sendo uma ilha em meio a Santa Maria. Schuch sabe e entende que a crise, essa última "puxada" pela pandemia, expõe mais do que nunca a necessidade inadiável de profissionalizar a gestão. Nos últimos oito anos, a UFSM, a exemplo de tantas outras universidades públicas, convive com restrição orçamentária. Otimizar recursos, reduzir gastos e excessos, trabalhar com metas, indicadores e avaliações contínuas, é o que Schuch quer.
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Alguns dirão que Schuch é "entreguista" ou que ele estará pavimentando um processo de "privatização" do ensino superior público, mas o que ele estará buscando é, frente aos parcos recursos orçamentários, "fazer mais com menos". O mantra evocado por gestores dos setores público e privado nem sempre é colocado em prática. Porém, quem o executa, imprime o próprio nome por onde passa com o selo máximo da eficiência. Aliás, essa é a maior honraria para quem quer ser bem-sucedido dentro da esfera pública ou privada.