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Após CPI, prefeito de Itaara contra-ataca e registra notícia-crime

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Desde a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventuais irregularidades em contratos licitatórios dentro da prefeitura de Itaara, o chefe do Executivo municipal, Silvio Weber (PSB), manteve-se reservado e, até então, pouco ou nada falava sobre o caso. Após a debandada de integrantes do primeiro escalão do governo municipal, o religioso que debutou na política, ainda no ano passado, ao disputar e vencer o pleito local, Silvio Weber afirmava que não deixaria com que a comissão parlamentar afetasse os rumos da municipalidade.

Acontece que, na última sexta-feira, o prefeito foi até o Ministério Público Estadual (MPE) protocolar uma notícia-crime. Acompanhado do advogado Raphael Urbanetto Peres, o prefeito justifica que o que se busca é investigar os servidores do Executivo municipal que, supostamente, teriam praticado condutas ilegais no exercício da função pública.

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À coluna, o advogado Raphael Urbanetto Peres sustenta que se espera que se averigue se, de fato, houve crime por parte de dois servidores da prefeitura que estão afastados administrativamente:

- Ao que parece, esses dois servidores "alimentavam" parte dos vereadores com informações acerca da administração pública. Se verificou ainda trocas de e-mails que reforçam isso. Fica claro que houve uma tentativa de ataque à administração municipal e também para macular a imagem do prefeito.

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O prefeito Silvio Weber tem dito que, desde o término da contagem dos votos nas urnas, a oposição e a oligarquia não têm aceitado a derrota. Weber acredita que, ao fim das investigações policiais, a verdade prevalecerá e que os servidores tendem a ser "responsabilizados administrativamente e criminalmente pelas condutas realizadas".

ENCAMINHAMENTOS

Também na sexta-feira, o Legislativo de Itaara aprovou por sete votos a um o relatório da CPI. No documento, os vereadores reforçam que os depoimentos de ex-integrantes da administração municipal evidenciam-se suspeitas de irregularidades no processo de dispensa de licitação, entre outros apontamentos. Com isso, o relatório será encaminhado ao TCE e ao próprio MPE. Ao que tudo indica, os desdobramentos da CPI na pacata Itaara ainda irão pautar a política local, bem como as relações, já estremecidas, entre prefeitura e Câmara.

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Marcelo Martins