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Como ficarão pedetistas e socialistas em Santa Maria?

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A Frente Democrática Ampla e Trabalhista do pré-candidato Marcelo Bisogno (PDT) tem, é bem verdade, atuado junto a vários partidos e conquistado apoio de alguns. Recentemente, o pedetista falou que tinha se somado ao nome dele o PSB. 

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Acontece que a sigla socialista não é apenas mais uma no mosaico de letras partidárias de Santa Maria. Ela tem, nada mais, nada menos, que Fabiano Pereira (à dir.). Contudo, o maior expoente dos socialistas na cidade disse que a aproximação do PDT observa uma orientação nacional. 

E ressalvou à coluna: "nomes não estão em discussão. E, sim, Santa Maria. Mas o momento agora é de saúde". O fato é que se, de fato, essa aproximação tornar-se, porventura, uma união, restará saber quem será o cabeça de chapa. Ambos são conhecidos na cidade.

CURRÍCULOS
Marcelo Bisogno foi ex-vereador por duas vezes - uma pelo PT e, outra, pelo PDT -, além de ter sido ex-secretário dos governos Valdeci (PT) e de Schirmer (MDB). Chegou a ser filiado e vereador por dois anos no PT, mas foi no pedetismo (ou melhor, no brizolismo) que se encontrou, costuma dizer. Bisogno foi um dos vereadores mais votados das eleições recentes. Em 2012, ele fez 8,7 mil votos a vereador.

Já para prefeito em 2016, ficou em quinto lugar com 12,5 mil votos. Bisogno vai para o segundo pleito à prefeitura e carrega consigo uma convicção, ainda que implícita, que ele sempre dá um jeito de deixar bem claro: todos são bem-vindos, desde que ninguém queira aparecer mais que o dono da festa (no caso do partido, Bisogno é presidente do PDT local).

Do outro lado, está Fabiano Pereira, ex-deputado estadual, foi presidente da CPI no caso Rodin na Assembleia Legislativa (que apurou desvios do Detran no governo Yeda Crusius, PSDB) e ex-secretário de Estado (de Tarso Genro, PT). Fabiano Pereira, em 2016, que teve o apoio do MDB, ficou em terceiro lugar na disputa à prefeitura, com 20,2 mil votos. 

Quem conhece o ex-petista, onde ficou filiado por mais de duas décadas, sabe que Fabiano Pereira é paciencioso e mede cada movimento na política. Estrategista nato, já mostrou ser capaz de fazer frente às alianças mais improváveis _ o que ficou bem evidenciado no pleito passado quando o PSB aliou-se ao MDB de Schirmer.

Se houver realmente o "encontro entre PDT e PSB", caberá, em breve, decidir quem será o cabeça da chapa. Não há demérito, em quer que seja, em ser vice. Aliás, o que há, em jogo, na política é sempre muita vaidade e ego. É como os argentinos falam sobre o peronismo: "os peronistas não são bons nem ruins, são apenas incorrigíveis". O mesmo, sem exagero, cabe à política canarinha.

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