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UFSM tem a chance de romper com o atraso sindical e corporativo

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A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) tem adotado, ao longo dos últimos anos, uma postura conservadora e nada conectada com as permanentes atualizações da sociedade. Porém, a escolha do novo reitor _ que ocorreu neste mês e que apontou para o nome do atual vice-reitor, Luciano Schuch _ pode trazer ares de renovação a uma instituição que precisa se desvencilhar das amarras do sindicalismo e do corporativismo, que tanto engessam a sexagenária universidade.

 A coluna apurou que, até o fim deste mês, deve ser colocado na pauta do Conselho Universitário (Consu) uma resolução que permitirá à universidade a cobrança de mensalidades por cursos de especialização, modalidade tecnicamente chamada de pós-graduação lato sensu. O que hoje a UFSM ainda não faz, diferentemente do que ocorre na UFRGS, que já gera receita própria com tal medida.

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Coincidência ou não, o fato é que essa discussão se dá após o indicativo da preferência dos conselheiros universitários pelo nome de Schuch para comandar a UFSM de 2021 a 2024. Alinhado ao mercado e ao mundo da tecnologia _ ao buscar desenvolvimento por meio da economia criativa _, Schuch pode representar a tão esperada virada de chave que a instituição reluta em ter. A agenda dele já rende dissabores ao professor, que tem o DNA ligado ao Centro de Tecnologia (CT), dessa forma, ele já é considerado um "entreguista", "privatizador". 

ALÉM DO ARCO

Fazer com que a UFSM apareça para além do arco é o desafio até hoje não superado pelos últimos reitores. O trânsito que Schuch tem em meio aos setores produtivos ligados à tecnologia podem ser o começo de uma travessia _ que terá histeria e grito da oposição interna _ que elevará a instituição a patamares jamais tidos. 

Ao se inserir no contexto das universidades públicas que cobram mensalidades em cursos de especialização, a UFSM dá um aceno real de que é possível atualizar-se. A instituição terá um substantivo aumento de receita com isso. A Federal até cogitou, em 2017, pautar essa questão. Mas acabou por recuar ao optar pelo caminho de não bater de frente com o DCE e com os movimentos sindicais. 

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Desde junho de 2020, o tema voltou a ser tratado, mas não avançou. Estima-se que, inicialmente, sejam disponibilizados, ao menos, 20 cursos voltados às áreas da saúde, administração, engenharias e gestão. Esse número, claro, pode ter acréscimo ao se observar as demandas pontuais que o mercado traz.

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