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A agenda privatista de Leite é um rolo compressor

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Depois que, no mês passado, a Assembleia Legislativa derrubou a necessidade de plebiscito para a privatização de estatais no Rio Grande do Sul _ Banrisul, Corsan e Procergs _, a agenda de venda do governador Eduardo Leite (PSDB) tem ganhado mais celeridade. Tendo como principal "atrativo" a Corsan, a gestão, vista por alguns, como "entreguista", e, outros, como "liberal", o chefe do Piratini busca, se possível já neste ano, dar liquidez à companhia de água e de saneamento. 

Porém, uma outra situação chamou a atenção e trouxe temor a quem é da Procergs. Criada ainda na década de 70, com o objetivo de viabilizar uma política de informática no Estado, ela é uma sociedade de economia mista, mas que deixará de existir em seis unidades. No começo de junho, a Procergs comunicou que serão fechadas seis coordenadorias regionais: Alegrete, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria e Santo Ângelo. 

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Ao todo, serão cortados 50 postos de trabalho nessas cidades. Deste número, nove deles são aqui em Santa Maria. A justificativa do Executivo gaúcho é que a extinção das atividades observa o avanço da tecnologia da informação, em que os serviços, em função da pandemia, passaram a ser prestados de forma remota ou automatizada. 

Além disso, o fechamento das unidades trará ao Estado a redução de custos operacionais como locação de salas e prédios, equipamentos e materiais de trabalho, e serviços de manutenção local.

ATIVIDADES

Desde que a pandemia se apresentou a todos, os profissionais já atuavam em homeoffice. Porém, frente ao fechamento das unidades, restam duas possibilidades aos profissionais: aderir ao programa de demissão voluntária (PDV), ou, então, aceitar transferência para a sede da Procergs, em Porto Alegre. 

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Com a extinção das coordenadorias, uma empresa privada, na área da segurança, foi contratada para cuidar do patrimônio.

COBRANÇA

Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), que tem ido à Tribuna reiteradas vezes criticar Leite pela agenda "entreguista", já acionou as comissões de Assuntos Municipais e de Saúde e Meio Ambiente para tratar do tema da Procergs. 

Ele classificou como "autoritária e desrespeitosa" a forma como a direção da empresa agiu ao extinguir as coordenadorias regionais sem nenhum aviso prévio e já aprovou a realização de uma audiência pública a respeito, a qual será realizada em agosto. 

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_ A Procergs tem um papel estratégico no levantamento de dados que orientam pesquisas e ações governamentais, inclusive na área da saúde pública. Quando estourou a pandemia, foram os profissionais da Procergs, inclusive os do interior, que colocaram rapidamente inúmeras instituições e órgãos estaduais em trabalho remoto e que permitiram uma série de soluções de informática que ajudaram muito no controle e no monitoramento dos casos da Covid-19. Como ficarão esses dados e o trabalho desenvolvido nas regionais? _ indaga.

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Marcelo Martins