Ainda em março, quando o Brasil e, por tabela, Santa Maria tateavam no escuro o que era a Covid-19, o Executivo municipal fez o que cabia naquele momento: suspender as aulas presenciais em toda a rede de ensino (pública e privada). De forma acertada, agiu motivada por uma simples razão: não se sabia o risco a que se estavam expondo crianças e adolescentes. Formatos remotos de ensino foram criados e colocados em prática. Tudo para que o prejuízo na educação de crianças e adolescentes fosse mínimo.
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Acontece que passados seis meses da pandemia, que irá perdurar até que tenhamos uma vacina eficaz e confiável, os prejuízos não são só educacionais. Há outros problemas: as consequências econômicas e sociais. A primeira aos pais de alunos e à sociedade como um todo, e, a segunda, aos estudantes.
CONSTRUÇÃO
Ainda em abril, quando as escolas estavam fechadas, foi dado início a uma ampla construção do poder público junto com a rede privada de ensino da cidade para que fossem traçadas estratégias e protocolos de distanciamento, de higiene e tantas outras readequações.
Isso tudo está exposto de forma pormenorizada em um decreto executivo que permite a retomada, de forma presencial, das atividades em escolas de Ensino Infantil a partir do próximo dia 13. Ficam fora, conforme o decreto, as escolas da rede municipal, que seguirão com aulas remotas.
As demais modalidades de ensino (Fundamental e Médio) seguem como estão hoje: sem previsão de retorno presencial. A decisão do governo Pozzobom (PSDB) observa o calendário gradual de retomada das atividades escolares por parte do Piratini.
ESCOLHAS
A economia, para estar aquecida, necessita de mães e pais de volta ao mercado. Retornar, sobretudo com cuidados, é preciso e vital. Assegurar o aprendizado e a convivência social de crianças e adolescente aliado ao resguardo de empregos das creches privadas é evitar um problema ainda maior para 2021: o inchaço da rede pública de ensino infantil que não terá como absorver uma demanda extra.