Um vídeo percorreu as redes sociais, nesta quinta-feira, onde o senador Luis Carlos Heinze (PP) afirma ter vergonha de ter estudado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
- Eu estudei em Santa Maria nos anos 70, tenho vergonha da minha escola - diz o progressista, que é engenheiro agrônomo formado pela universidade.
Leia mais colunas de Marcelo Martins
O deputado federal Paulo Pimenta (PT), egresso da UFSM, usou o Twitter para rebater a crítica do senador. O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), ainda que não tenha passado pelos bancos da instituição, saiu também em defesa da federal.
A demonização das universidades públicas federais tem sido recorrente por alguns segmentos da sociedade. A UFSM, que foi a primeira instituição federal do interior do país, precisa e deve ser respeitada. O legado do eterno reitor José Mariano da Rocha Filho não pode ser execrado por ninguém.
O senador, como candidato ao governo do Estado em 2022, pelo jeito não se importa com os votos nem dos colegas egressos da Agronomia da UFSM. Dispensar um nicho tão expressivo de votos indica duas coisas: confiança excessiva ou, então, ele mesmo sabe que não irá longe na corrida eleitoral ao Piratini.
ALIÁS...
É bom que se diga àqueles que rotulam a UFSM de "laboratório de esquerdopatas" que, sem a universidade, Santa Maria seria, no máximo, mais um município em meio ao pântano da metade sul do Estado. Ou seja, uma cidade pobre e sem expressividade.
O maior município do centro do Estado deve ao reitor Mariano e à genialidade dele o fato de Santa Maria ser um celeiro de produção intelectual e científica com reconhecimento nacional e internacional. E, aos mais práticos, mais uma informação, tão necessária em tempos de fake news, a UFSM representa uma injeção bilionária (R$ 1,2 bilhão) de recursos na economia local. Orgulho é a palavra que todos devem usar para reverenciar a UFSM. Jamais o contrário.
