marcelo martins

PT de Santa Maria rebate a coluna sobre postura do partido em contexto nacional

Escrevi, na última quinta-feira, que o PT agora passou a levantar a bandeira do impeachment de Bolsonaro. Já que a bancada do PT na Câmara Federal e no Senado se somou àqueles que pedirão a saída do presidente Jair Bolsonaro. Escrevi que o curioso é que o PT passa, agora, a demonstrar confiança a evocar o instrumento do impeachment. Ou seja, os petistas reconhecem a legitimidade e o quão constitucional ele é.  

À coluna, o PT local encaminhou uma resposta sobre o que fora escrito. Confira, abaixo, a íntegra:

"Em meio à pandemia, Bolsonaro e toda sua coalizão asfixiam as trabalhadoras e trabalhadores com medidas que colocam em risco a vida, os direitos, os empregos e a democracia brasileira. Coalizão esta que ataca a classe trabalhadora desde 2016, retirando direitos, aumentando o desemprego e rasgando nossa Constituição. Em matéria publicada nesta quinta-feira (23), no jornal Diário de Santa Maria, o Partido das e dos Trabalhadores é acusado de criar uma "peça de ficção" entorno do golpe de 2016. O golpe que completou 4 anos recentemente, retirando a primeira mulher democraticamente eleita da Presidência da República, foi implementado embora nenhum crime de responsabilidade houvesse sido cometido. 

A narrativa falaciosa das chamadas pedaladas fiscais, impulsionada pela grande mídia, objetivava abrir caminho para que este projeto ultraliberal e fascista tomasse corpo no país. Prova contundente deste malabarismo técnico realizado objetivando estritamente a derrocada do projeto representado pelo PT é que, não somente os governos Temer e Bolsonaro também realizaram pedaladas fiscais, como superaram exorbitantemente os valores que motivaram o impedimento de Dilma.

Não bastasse a ação inconstitucional de 2016, a farsa do golpe se seguiu em 2018, impedindo que Lula fosse candidato em função de uma prisão política sem provas e através da eleição fraudada por inúmeras Fake News, disparadas pelo genocida que nos preside.

Hoje, o governo Bolsonaro conduz o país a uma grave crise política, econômica e social. Diante disso, expressa, ainda mais, a sua faceta criminosa: corta salários, estimula demissões em massa, cria dificuldades para o acesso à renda básica emergencial e não toma as medidas necessárias de prevenção e combate ao novo coronavírus. Com suas ações irresponsáveis e anticientificistas, esse governo e todos os seus cúmplices são responsáveis pela morte de milhares de brasileiras e brasileiros!

Somando mais de dez crimes de responsabilidade e contribuindo abertamente com o avanço de mais um severo golpe à democracia, Bolsonaro participa do ato pela reedição do AI-5, realizado no último domingo na área do Quartel-General do Exército. Seu discurso aprofunda o caos social e não permite dúvidas ou vacilações: a escolha do povo brasileiro é entre Bolsonaro e a vida, os direitos e a dignidade da classe trabalhadora brasileira.

A tentativa de flexibilizar o isolamento ou até mesmo transformá-lo completamente em um isolamento vertical é acompanhada por prefeituras e governos estaduais igualmente preocupados em salvar, primeiro, a economia e, talvez depois, a população. Não nos enganemos: o PT já havia alertado sobre o caráter também ultraliberal dos governos Pozzobom e Leite, que recentemente procuram abrir o comércio embora recomendando práticas de prevenção. Mas a experiência de outros países e a comunidade científica são assertivas ao comunicar que a maneira mais eficiente de evitar a propagação do vírus é manter, apenas, os serviços estritamente necessários em funcionamento, além de acolher a população em situação de vulnerabilidade e ampliar de forma massiva os investimentos em saúde - o que exige a revogação imediata da Emenda Constitucional 95/2016.

A palavra de ordem "Fora Bolsonaro" já é ouvida em todas as cidades brasileiras de forma quase uníssona. Essa é a única possibilidade para defender a vida, os empregos e a democracia brasileira. E o PT, com seu compromisso histórico com as e os trabalhadores, não se ausentará da luta neste grave momento do Brasil! Vamos aprofundar a unidade do campo popular e de esquerda e fortalecer as ações dos movimentos sociais e das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, rumo à implementação de um programa de emergência e à retirada imediata do governo Bolsonaro.

É hora de colocar um ponto final neste governo genocida que ameaça a continuidade da vida de milhões de brasileiras e brasileiros e no projeto neoliberal e fascista que assola nosso povo. Em defesa da vida, dos empregos e da democracia: Fora Bolsonaro, Mourão, toda a coalizão golpista e suas políticas!"

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