data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos
A partir do primeiro depoimento na CPI da Covid-19, iniciada oficialmente ontem com a fala do secretário Guilherme Ribas (Saúde) à comissão, o governo do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) passará por um período que exigirá, acima de tudo, resiliência e persistência na condução do Executivo municipal. Ao ter a principal pasta da administração na mira de um comissão investigativa do Legislativo, Pozzobom sabe que pode, conforme a postura do próprio governo, sair fortalecido deste processo - que, inicialmente, será de desgaste.
Há, se o núcleo pensante da gestão tucana assim entender, muito mais a ganhar do que a perder nesta batalha. Não há hoje, na largada do segundo mandato de Pozzobom, uma pasta que chegue o mais perto do que se espera entre trabalho e entrega. Sob a condução técnica de Guilherme Ribas, ambientado aos meandros da pasta, ele é a prova do governo de que a gestão pode perseguir metas e resultados.
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Obviamente que o começo da imunização sofreu percalços e teve dificuldades - que seriam próprias do momento atípico -, mas o saldo é inegável de uma cobertura significativa da população. Também nem por isso pode-se dizer que está tudo perfeito. Até porque o sucesso depende do governo central que, como bem sabemos, faz a revelia o que quer neste momento, deixando Estados e municípios à mercê da imperícia de uma gestão cambaleante.
Caberá aos que pensam o governo municipal - desde a comunicação aos integrantes da ala decisória da gestão - fazer com que a Secretaria de Saúde, bem como os profissionais dela, possam seguir, sem atropelos, com os rumos dos trabalhos de imunização até aqui.
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Será imprescindível que prefeito e demais que orbitam em torno do gabinete dos rumos do governo deem a necessária blindagem - no sentido de deixar os técnicos liberados para trabalhar e seguir dando o seu melhor.
EVITÁVEL
O embaraço que o governo passa, neste começo de mandato, seria evitável se a gestão tucana cumprisse o que tanto fala e diz zelar: com a transparência.
Desde o começo desta legislatura, os parlamentares vêm pedindo com que a gestão Pozzobom trouxesse à tona o que, de fato, foi aportado de recursos na pandemia. Demorou e, assim, segue até os dias de hoje, ao dar acesso às informações. O que criou o entendimento, aos vereadores, que havia uma cortina de fumaça ou algo que não estava claro. Agora, o governo arca com os efeitos de um discurso que foi repetido exaustivamente, mas que não foi praticado de forma satisfatória.