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O exemplo do Hospital Regional mostra que parcerias são o caminho em tempos de crise

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Joel Vargas (AL/RS)

O Hospital Regional de Santa Maria poderia, hoje na iminência do ápice da pandemia, estar ainda parado. Ou seja, contando com apenas dois ambulatórios e nenhum leito se fôssemos depender apenas do poder público que, ao natural, é engessado e extremamente burocrático. Mas o ponto positivo é que, no mês passado, quando a Covid-19 parecia ser algo distante de todos nós, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) montou um gabinete de crise interno e externo. Assim, foram feitas duas frentes de trabalho que atuaram conjuntamente.  

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Com a primeira, com o núcleo duro do governo, Pozzobom alinhou as estratégias de isolamento social e de fechamento do comércio com o respaldo técnico dos profissionais da saúde. O que se mostra até agora acertado, já que a curva de casos no município mantém-se, felizmente, controlada.

A segunda frente de trabalho, que julgo a mais acertada, foi o fato de criar um comitê externo - com a participação da sociedade civil e integrantes do Judiciário e do MPE, do MPF, entre outros - que possibilitou a união de esforços para dar condições de colocar os leitos em operação. Pozzobom viu que não bastava apenas alinhar ações. Era preciso executá-las. Foi por meio de parcerias que se construiu a rede de apoio necessária à abertura de leitos. Tudo, aliás, com o olhar atento do MPE e do MPF.

Foi então que Pozzobom conseguiu parcerias com a Receita Federal, Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), MP do Trabalho, Justiça Federal, Sicredi, 3ª Divisão do Exército, Instituto Floresta, além de aparelhos emprestados por uma clínica desativada na cidade. O que rendeu um aporte de cerca de R$ 1 milhão em melhorias e equipamentos e mobiliários ao empreendimento. 

A FÓRMULA
Interlocução, diálogo, parcerias foram as ferramentas utilizadas por Pozzobom e, mais, reconhecidas pelo governador Eduardo Leite (PSDB), que enalteceu a ajuda do terceiro setor para colocar o gigante Regional a serviço da população. 

Igualmente importante dizer que a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, tem atuado para viabilizar a compra de equipamentos, aparelhos e mobiliários, entre outros itens, para serem ofertados junto ao Regional. Assim, dos R$ 36,6 milhões - liberados pela União no ano passado para o empreendimento -, metade do valor já foi empenhada e revertida em valores para o hospital. 

Porém, em decorrência de esforços de governos de todo o mundo por equipamentos e itens de saúde, a demora pode superar os seis meses a depender da complexidade. Mais uma vez, Santa Maria mostra que, com parcerias, comprometimento e foco (o que se traduz em metas), é possível sair do lugar comum. 

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