O momento, que é sem precedentes, é de união de esforços, alinhamento de ações e de tomar medidas, ainda que drásticas e impopulares. O que vemos, por enquanto, são os governos estadual e municipal agindo como deve ser: elevando a régua de cuidados com a população. O governador Eduardo Leite (PSDB), que já tinha um ano complicado, terá o maior desafio na sua recente trajetória política.
Leia mais colunas de Marcelo Martins
O 2020 era, até então, um ano crucial para o chefe do Piratini, que já vinha trabalhando para ajustar as contas do Estado e que buscava devolver a dignidade dos servidores do Executivo gaúcho ao dar fim ao parcelamento dos salário, o que vem ocorrendo há cinco anos. Mas, agora, tudo mudou e, infelizmente, para pior. Nada mais dramático para um país ou Estado, que já vem de uma sequência de crises, ser acometido por uma hecatombe na saúde com o surgimento de uma pandemia.
Porém, o que se vê, até aqui, é um alinhamento de medidas dos governos estadual e municipal. Leite e Pozzobom lançaram mão de ações que preservem, ao máximo, a população. Leite foi assertivo ao unificar um conjunto de ações restritivas para os 497 municípios gaúchos, uma vez que ainda há quem subestime a Covid-19. E Santa Maria não ficou para trás. Assim, shoppings ficarão com as atividades suspensas por 15 dias e o comércio fechado por igual período.
ENTENDIMENTO
Não cabe, no momento, olhar para o umbigo. Importante que CDL e Sindilojas apoiaram as medidas e são entendedores que, agora, trata-se de unir esforços para que, juntos, empresários e lojistas (com seus funcionários) possam fazer essa difícil travessia o quanto antes.
Pozzobom sabe que o momento não é de concessões e, sim, de agir como gestor. Tanto é que o prefeito baniu da agenda qualquer outra pauta que não seja o enfrentamento ao coronavírus em solo santa-mariense. Se, no passado, pagamos caro por omissão das autoridades públicas, cabe agora o entendimento que jamais podemos incorrer em erros e agirmos, novamente, de forma negligente.