marcelo martins

Com a primeira morte pela pandemia, a população, enfim, entenderá a gravidade?

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Santa Maria registrou, nesta quinta-feira, a primeira morte por Covid-19 no município. A vítima foi uma senhora de 60 anos que estava internada no Hospital Universitário (Husm) e que já havia testado positivo para a doença ainda no mês passado. Ao estarmos completando dois meses das medidas adotadas pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) vemos o quão necessário foi e tem sido o rigor adotado pelo chefe do Executivo municipal que tem sido, até aqui, austero e responsável.  

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Lá atrás, alguns críticos vociferaram contra o tucano quando colocou o tema no radar da prioridade do governo. Porém, passados 55 dias - quando ainda em 21 de março a prefeitura emitiu os primeiros decretos com medidas de fechamento do comércio e de escolas -, Santa Maria entra, infelizmente, na lista dos municípios acometidos por esse mal, que é mundial.

O proativismo e as medidas do governo municipal, com respaldo de técnicos da saúde, impediu, por exemplo, que hoje estivéssemos tendo a mesma realidade de Passo Fundo, que registra duas dezenas de vidas perdidas pela pandemia da Covid-19. Ao falar à coluna, Pozzobom não escondia na fala um tom de decepção e, em parte, de indignação. Além da morte da idosa, algo que ele esperava que, de certa forma, Santa Maria fosse poupada, o prefeito mostra-se preocupado com parte do comportamento da população.

- Mesmo com as medidas adotadas, tanto por nós quanto pelo Estado, ainda vemos aglomerações. Ainda há pessoas muito descuidadas. Hoje (ontem), quando eu vinha para a prefeitura, eu vi uma menina sem máscara. Eu a abordei, de longe, e pedi que usasse. O que ela falou? "Vai cuidar da tua vida!". E é justamente isso que a gente precisa: cuidar da nossa e da vida dos outros - desabafou.

MEDIDAS DRÁSTICAS
Pozzobom adianta que, se necessário for, pode adotar medidas mais drásticas se as pessoas seguirem sendo descuidadas: 

- É lamentável que tenhamos de ter tido uma morte, para, quem sabe, as pessoas se alertarem. É fundamental que todos façam a sua parte. Mas elas, infelizmente, seguem sendo descuidadas e se aglomerando aos olhos de todos. Mas se preciso for, vou tomar medidas drásticas. Posso fazer isso e não vou hesitar, se as pessoas seguirem descompromissadas.

Ainda que muitos questionem o enquadramento de Santa Maria na bandeira laranja, ao observar o novo plano de distanciamento controlado pelo governo do Estado, Pozzobom afirma que isso, na atual conjuntura, é irrelevante:

- O que menos importa é a cor da bandeira. Não se pode, neste momento, ficar debatendo se (a bandeira) é amarela ou laranja. Há um critério técnico, científico e bem embasado no plano do Estado. Não tem, ali, achismo. O que não vou permitir é uma escalada de mortes em Santa Maria. E volto a repetir: se preciso for, vou fechar o cerco.

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