marcelo martins

As falas vão em um sentido só: a ESA vem para Santa Maria

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Em condições normais de temperatura e pressão, o Exército Brasileiro, na missão de escolher o local para a nova ESA, já deve estar com tudo definido. A pressa, que existe, levou a cúpula militar - com toda a organização e disciplina que norteiam a atividade de quem veste o verde-oliva - a se agilizar para ir atrás de um município que possa comportar a Escola de Sargentos das Armas, hoje situada em Três Corações, no interior de Minas Gerais. Santa Maria, com um efetivo de quase 10 mil homens e mulheres e mais de 20 organizações militares, está mais do que credenciada a receber este que poder ser o investimento a elevar o maior município do centro do Estado à condição de um polo de defesa para além do que é hoje.

Ou seja, muito mais do que ter campos de instrução, blindados, efetivos e a gigante alemã de blindados KMW, Santa Maria pode agregar tecnologia e ter a tão aguardada "virada de chave" como o chamado Arranjo Produtivo Local (APL) - que é quando empresas de uma mesma atividade se reúnem em uma determinada região geográfica.

Santa Maria seria, para além das capitais Rio de Janeiro e Brasília, a única cidade do interior do Brasil a desfrutar de tamanho prestígio e de um know-how de estrutura militar (em quantidade e em qualidade).

General tira dúvidas da imprensa sobre processo de escolha da sede da ESA

Ainda que não se tenha a definição, as credenciais, por si só, deixam o município "cacifado" para tal: a cidade é a referência em simulação de combate das Forças Armadas do Sul do país. Outro ponto a contar é que, em 2016, foi ativado o simulador de apoio de fogo, no Centro de Adestramento-Sul, que foi construído no Centro de Instrução de Blindado.

Ao longo dos últimos meses, o Diário tem registrado em todas as plataformas as tratativas acerca da ESA. Mesmo quando as conversas se iniciaram, ainda de forma muito discreta e reservada entre o Exército e a prefeitura de Santa Maria, via-se, ali, uma orquestração de forças e de esforços em consonância para que o ganho não fique restrito a Santa Maria.

Muito pelo contrário, até, porque se o município for o escolhido, será a ESA, com suas 16 unidades (hoje espalhadas pelo país), concentrada no Rio Grande do Sul. Claro que o ganho será imediato a Santa Maria, mas a região e o satélite de municípios do entorno serão beneficiados.

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