Sabedor que militares são rigorosos com a hierarquia e, ainda mais, com disciplina, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), soube conduzir a costura política com maestria. O chefe do Executivo municipal deixou de lado o atropelo e adotou um tom quase que harmônico ao buscar as forças políticas - tanto nos governos federal quanto estadual. Foi assim que, desde o ano passado, buscou um sem-número de apoiadores junto à bancada gaúcha no Congresso para que se somassem à empreitada gaúcha. Nesta peregrinação a Brasília e a Porto Alegre, Pozzobom foi empilhando relatos - vídeos, documentos, ofícios - de adesão de políticos com mandato que fizeram o que estava ao seu alcance para dar uma forcinha para Santa Maria.
Desta forma, a lista foi ganhando os reforços dos deputados Giuseppe Riesgo (Novo), Valdeci Oliveira (PT), Beto Fantinel (MDB), tenente-coronel Zucco (PSL), do senador Luis Carlos Heinze (PP) e do governador Eduardo Leite (PSDB). Ainda que exista uma força suprapartidária, a preocupação do prefeito Pozzobom sempre foi com que a pauta não fosse "contaminada" pelo fator político.
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Por isso, o tucano incumbiu à Secretaria de Desenvolvimento Econômico a tarefa de realizar um dossiê que mostrasse com base em números e dados - como índice do custo de vida, preços (de alimentação) - que o "soldo" (salário) do militar, aqui, em Santa Maria seria "mais rentável" do que na capital Recife (PE) ou em Ponta Grossa (PR). Somado a isso, o Executivo municipal "empacotou" em uma espécie de combo o que o município tem a oferecer de mais relevante à "família militar": a segurança pública.
A "bala de prata" foi o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), um investimento milionário da prefeitura de Santa Maria que colocou mais de R$ 6 milhões na estrutura que conta com mais de 800 câmeras que vigiam 150 pontos da cidade. A iniciativa teve a parceria do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), um braço da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism), que é dirigida pelo empresário Luiz Fernando Pacheco.Jorge Pozzobom tem buscado, desde o ano passado, apoio de políticos dos mais variados partidos.
