Quais títulos rendem mais para investidores conservadores? Sócio da única corretora de Santa Maria na Bolsa de São Paulo dá dicas

Quais títulos rendem mais para investidores conservadores? Sócio da única corretora de Santa Maria na Bolsa de São Paulo dá dicas

Foto Reprodução

Filipe Portella é sócio fundador da Monte Bravo, criada em 2010 em Santa Maria e que virou corretora independente em 2023

Aos 39 anos, o santa-mariense Filipe Portella é sócio da Monte Bravo, que virou corretora independente autorizada pelo Banco Central e é única empresa de Santa Maria na B3, da Bolsa de Valores de São Paulo. Com 500 colaboradores, 30 mil clientes e uma carteira de investimentos de R$ 40 bilhões, a Monte Bravo foi homenageada nesta quinta (04) pela Câmara de Vereadores de Santa Maria por seu destaque nacional. Em entrevista ao programa F5, da Rádio CDN e TV Diário, Portella contou sua trajetória e deu dicas de investimentos mais rentáveis. Filho do empresário da construção civil e ex-secretário municipal Flavio Portella e da professora de biologia Cleidi, que atuou no Olavo Bilac, Maria Rocha e cursinhos, 


Filipe entrou para o mundo dos investimentos quando foi fazer um estágio no Banrisul e se interessou pela área.

Em 2010, junto com Pier Mattei, criou a Monte Bravo em Santa Maria, que virou independente em 2023 e tem escritórios em mais de 10 cidades do país. Agora, a sede passou para São Paulo para poder cumprir várias exigências para ser uma corretora independente.

 
Portella destacou quais os tipos de investimentos mais indicados para quem é mais conservador e aplica hoje em CDB ou poupança.

– Hoje, no mercado tem muito ativo de renda fixa bom. A gente é muito preso, e a nossa memória é presa ao banco, um CDB do banco, uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário) do banco. Mas o título mais seguro do mercado é o título público federal. Ele paga hoje inflação mais 6% ou 6,5% (ao ano) ou título prefixado de 12% ao ano. Esse título, que é o Título do Tesouro, está com taxas muitos boas que superam (o rendimento) desses títulos todos que os bancos têm emitido. O Brasil é o país da renda fixa, mas o mercado cresceu muito. Tem hoje fundos imobiliários, que o fundo detém imóveis e você compra títulos desse fundo, que te paga os rendimentos. Tem as próprias ações, hoje tem empresas grandes muito boas, que hoje estão relativamente baratas. Mas obviamente o Brasil é o país onde a renda fixa é o carro-chefe.

No caso do título do Tesouro, o investidor empresta dinheiro para o governo federal, que promete pagar um juro após determinado tempo. Portella disse que é possível investir por valores a partir de R$ 1 mil, ou até menos do que isso:

– A gente está passando por um momento de juro alto. O Brasil é o paraíso do rentista. O juro esteve baixo há dois anos, chegou a 2% ao ano em determinado momento por causa da pandemia também. Já estava a 7% a 8%, daí os juros no mundo todo caíram por conta da pandemia. O que eu gosto de falar que o Brasil é um país de renda fixa. Tanto é que as empresas privadas, em vez de emitir ações em bolsa, elas emitem muito mais renda fixa, debêntures, Cris, Cras, que são títulos que a empresa emite para captar recursos emprestados e pagar um juro por isso. A Petrobras, em vez de tirar um empréstimo em um banco, ela emite uma debênture e vende no mercado direto ao investidor, e paga para ele um rendimento.

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Portella lembra que a corretora é um intermediador de negócios no mercado financeiro.

– A corretora precisa estar vinculada à Bolsa de Valores para negociar ativos, que são ações, câmbio, debêntures (títulos de renda fixa de empresas não bancárias). Tu precisas estar vinculado à B3. O banco não pode fazer isso. Por isso que todo banco tem uma corretora. O Itaú tem o Itaú Corretora, o Bradesco tem a sua. O Banco do Brasil faz isso através de outras corretoras. Tem de acessar a bolsa através da corretora – afirmou Portella.

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