O começo da semana é de expectativa para os setores produtivos de Santa Maria. Isso porque a região de Santa Maria, que engloba 32 municípios, passou a ser classificada de forma preliminar com a bandeira vermelha no sistema de Distanciamento Controlado do governo estadual, divulgado na tarde da última sexta-feira.
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A coluna questionou o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), quanto ao recrudescimento do cenário local e se haveria margem para reversão desta situação. Ou seja, voltarmos à bandeira laranja. O chefe do Executivo municipal disse que o ingresso de Santa Maria na bandeira vermelha se deu porque o Hospital Regional não informou que parte dos internados era de outras regiões do Estado, pois isso pode ajudar na reclassificação de, ao menos, dois indicadores.
Porém, é bom lembrar que dos 11 indicadores analisados pelo Estado, seis foram avaliados em risco máximo, com bandeira preta para a região. Mesmo assim, Pozzobom mantém-se otimista:
- Tenho convicção de que estamos no caminho certo e que vamos reverter essa situação. Nosso recurso, que já foi apresentado, mostrará que os dados técnicos do Estado não condizem com a realidade.
TOM ELEVADO
Há, contudo, uma situação que tem causado irritação junto ao prefeito. Algo que, segundo ele, vem sendo replicado junto ao grupos de mensagens e nas próprias redes sociais: o uso político da pandemia que está sendo creditado a ele.
- Há pessoas de má-fé e, outras, desprovidas de bom senso que estão tentando lucrar com essa situação toda. Tem gente que está dizendo, por aí, que eu e o governador, por sermos do mesmo partido, faríamos acordos para beneficiar Santa Maria. Isso é muita pequenez querer insinuar existir um jogo de cartas marcadas. A pandemia revelou, em algumas pessoas, esse tipo de comportamento baixo, raso. Alguns do jogo político-eleitoral estão surfando nessa onda com demagogia e oportunismo - diz.
LEITOS
Assim que Santa Maria tiver mais 10 leitos de UTI do Hospital Regional, em até 20 dias, o prefeito afirma que haverá um incremento junto à rede de atendimento. O que, nem por isso, tende a diminuir o percentual de ocupação dos leitos, ressalva. Uma vez que "a pandemia ainda está em um momento de forte incidência de casos e, infelizmente, de mortes", complementa o prefeito.