Entrevista

A vez de José Ivo Sartori falar sobre Santa Maria

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O ex-prefeito de Caxias do Sul e candidato ao governo do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori (PMDB) participou de uma sabatina com jornalistas dos veículos do Grupo RBS na quarta-feira, em Porto Alegre, iniciativa chamada de o Dia do Candidato. Na segunda-feira, o candidato à reeleição no Estado, Tarso Genro (PT), cumpriu agenda no Grupo RBS.

Descontraído, Sartori falou sobre seu mandato em Caxias e afirmou que os protestos nas ruas em 2013 mostram um "sentimento de mudança" na sociedade gaúcha. O retrovisor, tema já recorrente neste segundo turno, voltou a ser debatido: primeiro, Sartori havia dito que preferia olhar para o futuro, ao que Tarso respondeu dizendo que quem não olha para trás "não quer ver os desastres que cometeu". O peemedebista deu outro tom:

_ Olhar para trás não significa desfazer os outros. O que tem de bom no governo dele (de Tarso Genro), nós vamos dar continuidade, não tem problema nenhum. Sempre fiz isso em Caxias. Eu não inventei a roda.

Assim como fez Tarso Genro, Sartori respondeu, por intermédio do jornalista e coordenador da Gaúcha Serra, Márcio Serafini, a perguntas sobre temas ligados a Santa Maria: a duplicação da RSC-287, o hospital regional e o déficit de policiais militares na cidade. Confia, abaixo, a entrevista com Sartori.

Diário de Santa Maria _ A RSC-287, principal ligação de Santa Maria com a Capital, já está com um trânsito saturado. Se eleito, o senhor pretende duplicá-la de Santa Maria até Tabaí?

José Ivo Sartori - Primeiro, a nossa grande tarefa é enfrentar o equilíbrio das finanças públicas do Rio Grande do Sul. Com essas dificuldades, se tiver oportunidade de ter parcerias público-privadas, concessões, elas podem ser feitas desde que sempre dentro do controle do Estado. Tem que encontrar maneiras, formas e situações de resolver esses gargalos, que não são apenas de Santa Maria e que não são apenas para dentro do Estado, são também para o deslocamento de toda a produção para fora do Rio Grande do Sul. Não posso fazer uma afirmativa forte, seria muito simpático da minha parte, mas, depois, geraria uma grande frustração. Temos de encontrar formas de resolver os gargalos da infraestrutura do Rio Grande.

Diário _ O senhor conseguirá fazer o novo hospital regional de Santa Maria, que está com 90% das obras concluídas, funcionar a pleno no começo de sua gestão, caso seja eleito?

Sartori _
Esse esforço foi muito grande, com grandes recursos federais, inclusive. Acho que o último hospital regional do Rio Grande do Sul tinha sido o Hospital Geral de Caxias do Sul, que foi começado no governo Simon e concluído em 1998, no governo Brito. Se não me falha a memória, acho que depois daquele, só esse que não está pronto ainda. E vai precisar. Agora, essa questão de saúde é muito mais ampla do que o local. Temos que descentralizar e regionalizar melhor a saúde, provocando a atenção básica mais profunda e cuidar da média e alta complexidade e também a questão da especialidade. As consultas mais simples, temos que educar a população. Às vezes, é melhor ir no posto de saúde primeiro para atenção básica, e não ir direto no hospital. Tem as UPAs, que podem entrar para um melhor atendimento regional e descentralizado. Essa questão de saúde é tripartite, é preciso entender isso. É governo federal, governo estadual e governo municipal.

Diário _ Em Santa Maria, o déficit de policiais militares é de 28%. O que o senhor pretende fazer para reduzir esse déficit e também evitar que, todo ano, sejam enviados policiais do Interior para reforçar o policiamento no Litoral e na Capital?

Sartori -
Não é reforçar o Litoral Norte. A maior parte está para ser o segurança, o controlador dos banhistas para evitar mortes no mar. Evidentemente, a população aumenta lá e é necessário que se faça, assim como foi necessário durante a Copa, porque o evento es"

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