Foto: Eduardo Ramos (arquivo, Diário)
Desde a semana passada, estudantes da Universidade Federal de Santa Maria e alguns moradores da cidade relataram estar sentindo náuseas, diarreia e outros sintomas de desidratação. Trata-se de um surto de rotavírus, que desencadeou em gastroenterite, uma inflamação causada de forma viral ou bacteriana que atinge o estômago e o intestino. Pensando em diminuir o número de infectados, a UFSM suspendeu as atividades presenciais nesta segunda (30) e nesta terça (1°). Vale destacar que a universidade já descartou a possibilidade de contaminação pela água, mas os alimentos seguem em análise.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
Primeiros casos
De acordo com o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), os primeiros casos com esses sintomas foram registrados na quinta-feira (26). Na sexta (27), alguns casos foram testados, sendo positivados para rotavírus em exames na própria universidade. Desde então, 127 pessoas foram atendidas no pronto-socorro do Husm com sintomas de diarreia e vômito. Até o momento, ninguém precisou ficar internado.
Sintomas
Em entrevista ao programa F5, a infectologista do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), Liliane Pacheco, explicou que os principais sintomas do rotavírus estão relacionados à desidratação, incluindo vômito, diarreia e febre. Ela salienta que a gastroenterite viral não costuma ser grave. Suspeitou-se inicialmente que era um problema viral porque a gastroenterite bacteriana apresenta sangue nas fezes e febre alta, o que não era relatado pelos pacientes que chegavam ao Husm.
Liliane comenta que o rotavírus não costuma resultar em casos graves em adultos. No entanto, é necessário ter cuidado especial com o público infantil, visto que as crianças estão mais sujeitas ao contato e podem desenvolver complicações mais avançadas. Sendo assim, a infectologista diz para os responsáveis manterem a atenção com os pequenos.
– Os piores casos são em crianças, que estão mais vulneráveis. No caso delas, é necessário ter um cuidado ainda maior com a hidratação. Se a criança tiver algum sintoma de desidratação, é importante levá-la a um pronto atendimento no mesmo dia. Se a criança está ativa, é sinal de que está bem, mas se estiver apática, busque logo atendimento médico – explicou Liliane Pacheco.
Como prevenir
Em função dos sintomas estarem diretamente relacionados à desidratação, a principal forma de prevenir o contágio é manter-se bem hidratado. A infectologista comentou que uma das principais formas de contágio é por meio do preparo de alimentos. Sendo assim, é de extrema importância que as pessoas higienizem as mãos de forma correta, assim como os ambientes de sua casa, principalmente o banheiro. Segundo ela, é importante higienizar o banheiro com água sanitária. A médica revelou que, se possível, a pessoa infectada deve usar um banheiro diferente das demais pessoas da casa.
– Atenção à higiene correta das mãos, ao uso de álcool e limpeza dos banheiros. Pessoas contaminadas não devem preparar alimentos, pois pode transmitir para as demais. Não é motivo de pânico, mas é motivo de alerta – comenta.
Onde buscar atendimento médico
A orientação é para que pessoas com sintomas leves busquem atendimento nos postos de saúde do município. Casos mais graves devem ser encaminhados ao pronto-socorro do hospital universitário.
- Ao ter sintomas, procurar atendimento em: Unidades básicas de Saúde
- Para medicação intravenosa e soro: Unidade de Pronto Atendimento / HUSM
- Aos moradores da Casa do Estudante: 1⁰ atendimento na Saúde da Casa - prédio da Prae, 48d