O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou uma campanha que vem em boa hora, especialmente para situações em que não há respeito às ideias divergentes ou até casos mais extremos, como o que tem ocorrido nos debates a prefeito de São Paulo com agressões a candidatos e a cabos eleitorais.
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Lançada na terça-feira (24), a campanha “Pela democracia, com todas as diferenças” tem por objetivo propagar o espírito de união e respeito a quem pensa diferente nas eleições municipais de 2024. O filme publicitário será exibido de forma gratuita em TV aberta e também será veiculada na TV Justiça e nas redes sociais do TSE.
A iniciativa reforça que, apesar do surgimento de brigas nas famílias ou divergências entre amigos devido à disputa eleitoral, a democracia vai na contramão desse tipo de situação.
“Democracia é a gente concordar que pode discordar. Eleição é a festa da união. Vamos lá, participe, mas respeite o resultado, porque, quando a democracia vence, todos vencem”, diz um trecho da campanha.
Presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia informou, na sessão de terça-feira (24), quando foi lançada a campanha, que encaminhou ofício à Polícia Federal (PF), ao Ministério Público Federal (MPF) e aos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para que seja dada prioridade aos procedimentos de investigação, de acusação e de julgamento dos atuais atos contrários à legislação eleitoral.
Conforme a ministra, as apurações incluem também os atos agressivos à cidadania e os casos de violência das mais variadas formas que vêm se repetindo no processo eleitoral em curso e que afrontam a atividade da política.
- Política não é violência, é a superação da violência. Violência praticada no ambiente da política desrespeita não apenas o agredido, senão ofende toda a sociedade e a democracia - afirmou a presidente, que abordou os episódios recentes e preocupantes de ataques e agressões, especialmente, na disputa à prefeitura da capital paulista.
Conforme Cármen Lúcia, tais práticas atentam contra cidadãos, atacam pessoas e instituições e impõem a eleitores – os quais querem entender as propostas que os candidatos têm para a sua cidade – que assistam a “cenas abjetas e criminosas, que rebaixam a política a cenas de pugilato, desrazão e notícias de crimes”.
A campanha do TSE, além das declarações da presidente, leva a uma importante reflexão e serve para todos, especialmente pela frase: “Democracia é a gente concordar que pode discordar”. Nunca devemos nos esquecer disso e, mais do que isso, fazer esse exercício todos os dias.
Conforme Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
"Há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha se deem ao respeito. Se não se respeitam, que respeitem a cidadania brasileira, que ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática. Temos que conclamar também os partidos políticos para que tomem tenência (...). Não podem pactuar com desatinos e cóleras expostas em cenas de vilania e desrespeito aos princípios básicos da convivência democrática.”
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