Em casa ou no trabalho, uma pessoa brincalhona e emotiva, mas, ao mesmo tempo, firme em suas convicções. É assim que as mulheres que inspiram o candidato descrevem Moacir Alves. Na trajetória, são inúmeras histórias sobre o passado na Vila Belga, o amor pela menina do portão e o desafio nas eleições deste ano. Com a palavra, a esposa Zuleida Beatriz Tomazetti e a assessora Carol Almeida.
Cria da Vila Belga
É na Vila Belga, hoje conhecida pelo colorido das suas casas, que estão a infância e as melhores lembranças de Moacir. Foi onde passou mais de 20 anos e viu de perto as lidas do pai e do avô que trabalhavam na ferrovia. Conforme a esposa Zuleida, ele e os dois irmãos vieram de uma família unida e bem estruturada. Não à toa, a emoção sempre tomou conta de Moacir, ao lembrar da época de infância e adolescência.
– Ele conta histórias muito boas de quando era criança, com uma família muito unida e estruturada, onde o entorno da Vila Belga era considerado de família, é uma lembrança ótima daquele tempo – conta a esposa.
Guri criado na Vila Belga, entrou para a faculdade de Odontologia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e, após formado, já atuava como dentista. Apesar de ter se aventurado em cidades do Paraná e de Santa Catarina, a estudo ou a trabalho, foi no coração do Rio Grande do Sul que se estabeleceu e reencontrou a menina do portão.
A menina do portão e um amor de 37 anos
Para Moacir, apesar do relacionamento que já perdura 37 anos, a esposa sempre será a menina do portão. Zuleida lembra que a história dos dois começa quando ela tinha apenas 7 anos. Na época, o pai dela vendeu um carro ao pai de Moacir, que fazia o pagamento mês a mês. E, a cada visita, lá estava ela, no portão. Foi o início da admiração que, mais de 10 anos depois, virou amor:
– Ele tinha uns 13 ou 14 anos, me via no portão, e me achava bonitinha. Depois, ele namorou uma vizinha minha, e nós íamos brincar todos juntos no fundo. E, de novo, ele comentou que eu era bonita.
Na época, apesar do interesse, nada aconteceu com a menina do portão e cada um seguiu com a vida – Zuleida como professora e Moacir na área da saúde. O casal foi se reencontrar anos mais tarde, em uma boate de Santa Maria.
– Nós estávamos numa boate, eu já tinha 20 e poucos anos. Ele me tirou para dançar e conversamos um pouco. Depois, no outro final de semana de novo, e, assim, a gente começou o relacionamento. Na sequência do encontro na boate, nós casamos e, depois, fomos morar em Santa Catarina. Ele trabalhava como dentista, e eu, como professora, que era a minha formação – lembra Zuleida.
Brincadeiras e emoção, lado a lado
Quem vê o Dr. Moacir, por vezes brincalhão, pode não imaginar que existe uma pessoa emotiva. Mas a esposa Zuleida sabe disso como ninguém. Ela conta que, geralmente, a emoção toma conta diante de lembranças da família, da época de Vila Belga. Mais do que saudade do passado, também é característica do candidato a preocupação com quem está por perto:
– Ele tem uma emoção à flor da pele na lembrança dos pais. Sente saudade daquela criação maravilhosa que teve, do carinho. Ele é uma pessoa durona, firme nas suas posições, mas, quando toca de falar e lembrar da família, pai e mãe, aí vem a emoção.
Nem sempre concordar, mas sempre apoiar
Zuleida não esconde que, no início, foi contra a candidatura de Moacir. Para ela, as coisas estavam boas daquele jeito. Ela brinca que nem a ameaça de fazer a mala fez o marido parar com a ideia. Mas, apesar disso, sempre houve respeito e apoio mútuo, o que impede que ela solte a mão dele.
– Na política, discordamos bastante. Por mim, ele não concorria. Eu achava que estava bom assim, cada uma em suas profissões e contribuições. Queria parar para sossegar, parar e viver a nossa vida juntos, foi nesse sentido que discordei. Não concordei, mas respeitei. Quando eu precisei, ele sempre esteve do meu lado, e sei que vai continuar estando – afirma a esposa.
Hoje, no dia a dia da campanha, é essa relação do casal que inspira quem está por perto, como a assessora Carol, que acompanha a rotina dentro e fora da política.
– Eu acho legal essa discussão que um tem com o outro, de não concordar com a candidatura, mas estar junto, apoiando. Também tem a transparência que um tem com o outro. São família mesmo e flexíveis, desde que se deem apoio. E isso reflete em nós. Ele é delicado na forma de falar e sempre preza pela comunicação com toda a equipe – conta Carol, que há três anos já conhece Moacir.
No trabalho, o que confia mais que apoia
Moacir é o tipo de chefe tranquilo, brincalhão e que aposta na equipe. Conforme a assessora Carol, ele confia mais do que aprova. Cumplicidade que teve início em agosto e perdura forte, solidificando-se a cada dia que passa. Apesar de não ter sido paciente do Dr. Moacir, a relação teve início na cadeira do consultório, por meio da indicação de uma tia que realizava os atendimentos com ele:
– Ele é uma pessoa muito tranquila e fácil de trabalhar. Nós gerimos todas as redes sociais dele e, nesse processo, ele confia mais do que aprova. Faço de tudo na campanha. Tento mostrar o lado dele mais brincalhão. Eu digo que o candidato, além de tudo, tem um ser humano por trás. Mas, geralmente, as pessoas não enxergam isso.