eleições municipais 2020

Sergio Cechin: o silencioso articulador que mira a prefeitura

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo pessoal

O vice-prefeito e pré-candidato à prefeitura de Santa Maria, Sergio Cechin (Progressistas), recebeu no fim de semana a notícia do senador e maior nome da sigla no Estado, o senador Luiz Carlos Heinze (foto), que o município terá R$ 589,2 mil para o Hospital Regional e mais R$ 100 mil para a Casa de Saúde no combate à Covid-19. A cifra é um importante aporte para a batalha contra a pandemia. Mas mais do que acenar e garantir o montante, Cechin tem, em Heinze, o fiador, o incentivador da candidatura dele ao Executivo municipal. 

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E não é por menos, o vice-prefeito - com mais de 40 anos de vida pública - tem a missão de fazer com que o PP seja em Santa Maria o que ele é no RS: o partido com o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Ou seja, se há uma sigla em solo gaúcho que domina a cena da política no Estado é, gostem ou não, o PP. O desafio está colocado à mesa aos progressistas. Cechin terá que trilhar, a partir de agora, um caminho próprio em busca de apoio que consolide a candidatura.

AVESSO A POLÊMICAS
Desafio, aliás, que não será difícil. Até porque o PP em Santa Maria é Cechin. E não se trata de exagero algum. Poucos políticos conhecem Santa Maria, da cidade à zona rural, como ele. O engenheiro com formação pela UFSM, que já foi professor da rede pública de ensino, tem algo que falta à política e, ao próprio PP: diálogo. 

Não se espera nem se imagina, por exemplo, que Cechin vá protagonizar um episódio semelhante ao que Heinze fez, em 2014, quando ele era deputado federal e afirmou que índios, gays e quilombolas "não prestam".

ESTRATEGISTA
Conciliador, exímio articulador, Cechin sempre foi um moderado ao exercer a função pública: seja como vice-prefeito, vereador, secretário de município (entre outros cargos na esfera estadual). Talvez esteja aí o maior patrimônio político dele: saber andar, sob o fio da navalha (dos mais variados lados da política), sem perder o equilíbrio. 

Mesmo frente ao episódio, da semana passada, em que o governo Pozzobom (PSDB) exonerou cerca de 20 CCs progressistas, Cechin manteve-se reservado. Ele é assim: avesso a polêmicas e a embates desnecessários. Mas nem por isso foge do front. Pelo contrário, trabalha em silêncio. Sempre foi assim, tanto no Legislativo quanto no Executivo.

O cabedal eleitoral de Cechin é valioso e cobiçado por tantos. Mas, ao que tudo indica, esse quinhão será agora repartido com o MDB, do vereador Francisco Harrisson, que tende a ser vice de Cechin. 

Se há alguém com reais chances de fazer frente à candidatura de Jorge Pozzobom (PSDB) - não que o tucano seja o favorito, mas tem vantagem por ter a máquina governista na mão -, esse político é Cechin. 

Enquanto alguns se envaidecem de contabilizar apoio desta ou daquela sigla, e de registrar tudo em rede social, o progressista avança silenciosamente casa a casa no tabuleiro político.

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