coluna marcelo martins

Sem recursos, UFSM pode interromper mais de 60% dos contratos com terceirizados

Foto: Renan Mattos (Diário)
Reitor Paulo Burmann estará, em Brasília, na próxima semana e aguarda liberação de recursos para a UFSM

A chegada do segundo semestre para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) traz apreensão e risco à manutenção das atividades do campus principal, no Bairro Camobi, e dos demais campi. Ainda que não seja situação exclusiva da instituição, a universidade olha o calendário com o receio de um engessamento e, principalmente, de um colapso da maior instituição de Ensino Superior da cidade. Sem nenhuma liberação da verba que segue contingenciada (congelada), por parte da União, o reitor Paulo Burmann trabalha com dois cenários, a partir de agosto, em caso de o montante não ser liberado. 

Leia mais colunas de Marcelo Martins

No primeiro deles, Burmann projeta que, frente ao quadro de insuficiência financeira, é possível que não se tenha como dar atendimento ao básico da comunidade universitária. E, a partir daí, escolhas (e difíceis) tenham de ser feitas. O outro cenário é o que causa maior preocupação à reitoria. Nele, os números dão dimensão da gravidade dos contingenciamentos na universidade e o que isso pode afetar fora na UFSM. 

- Isso, certamente, nos obrigaria a um contingenciamento de imediato de contratos em mais de 60% dos compromissos existentes. Ou seja, isso implicaria na interrupção de muitos serviços, como de vigilância, portaria, limpeza, manutenção. Um desdobramento preocupante que impactaria, sem dúvida alguma, na manutenção desses mais de mil postos de trabalho com terceirizados.

Ainda assim, Burmann afirma que, diferentemente de outras universidades federais que cogitaram adiar o começo do segundo semestre, essa situação "sequer é pensada dentro da UFSM". Com tantas restrições e dificuldades, o reitor enfatiza ser favorável à racionalização de gastos dentro da esfera pública. Porém, o que se tem vivido, diz ele, "é um estrangulamento".

REUNIÃO
Para a próxima semana, Paulo Burmann irá a Brasília e fará, novamente, um périplo pelos ministérios da Educação (MEC), da Economia e das Ciências. O reitor tenta, porém, manter-se otimista e esperançoso de que o governo federal vá liberar o que segue contingenciado. Do contrário, após agosto, não haverá mais recurso para empenhar. Ou seja, para pagar as contas.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

A quem interessa a desconstrução da jovem Tabata? Anterior

A quem interessa a desconstrução da jovem Tabata?

Publicada licitação para construção de pista olímpica da UFSM Próximo

Publicada licitação para construção de pista olímpica da UFSM

Marcelo Martins