eleições 2020

Na briga pelo eleitorado de Bolsonaro, três candidatos largam na frente

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Com seis prefeituráveis, Santa Maria é um nicho expressivo do presidente Jair Messias Bolsonaro, atualmente sem partido. Com mais de 90 mil votos, em 2018, Santa Maria deu mais de 60% dos votos válidos ao mito surgido nas redes sociais.Justamente por isso que o eleitorado de Bolsonaro é alvo de cobiça e desejo de todos os candidatos da direita local.

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Assim, Sergio Cechin (Progressistas), que é o vice-prefeito, tem maiores chances de ser o nome dos votantes do capitão-presidente. Primeiro porque o PP é tradicionalmente um partido mais conservador que os demais. E, por tabela, os eleitores e filiados da sigla também o são. Soma-se a isso o nome do senador Luis Carlos Heinze, que, tem sido um porta-voz da União, em solo gaúcho, e, principalmente, para as demandas de Santa Maria.

AFINIDADE
Além do que a afinidade de Heinze com Bolsonaro ficou ainda mais estreita após a pandemia, uma vez que ambos comungam do entendimento que o "fique em casa" mostra-se um atestado de morte da produção econômica do país. 

Cechin, junto ao eleitorado de Bolsonaro, também pontuou no episódio das 50 mil doses de cloroquina para Santa Maria, que veio à tona em julho. À época, o vice-prefeito entregou um documento em que solicitava a aquisição de hidroxicloroquina, azitromicina, zinco e ivermectina para serem disponibilizados à população por meio de prescrição médica. Isso, sem dúvida alguma, deu uma impulsionada no nome do prefeiturável junto ao eleitor verde-amarelo.

BANDEIRAS
E Jader Maretoli (Republicanos), partido do senador Flavio Bolsonaro, um dos filhos do presidente, tem bandeiras que são as mesmas do presidente: a defesa da família, dos bons costumes.  

- Temas que, até o pleito de 2016, poderiam soar apenas pautas de evangélicos, e hoje são vistos como um braço do que pensa e do que quer o eleitor do presidente - avalia Jader Maretoli (Republicanos).

PSL LOCAL
O PSL, partido de Bolsonaro em 2018, estará neste pleito com o PSDB. O prefeito Jorge Pozzobom terá como vice o nome do empresário Rodrigo Decimo. Nenhum deles é um bolsonarista. Decimo é um técnico, um corpo estranho no meio da política. Ou seja, nenhum bolsonarista raiz votaria em um tucano e, principalmente, em uma dobradinha que não tem as bandeiras do bolsonarismo consigo.  

Porém, Pozzobom, aliás, não tem aparentemente nehuma restrição com o presidente. E tanto é que conseguiu com a União a reversão de mais de R$ 30 milhões perdidos do antigo PAC e, outros, R$ 36 milhões para o Hospital Regional.

ALIÁS...
A primeira visita ao Rio Grande do Sul, já na presidência da República, foi aqui. Em junho do ano passado, Bolsonaro esteve em Santa Maria e foi ovacionado por seu eleitorado. Na disputa mais inusitada e atípica de nossa recente democracia, iremos às urnas em 15 de novembro acompanhados de uma pandemia e de muitas incertezas.

O que será da nossa economia ao fim desse pesadelo? Mas até que a tão esperada vacina surja, é difícil dizer e, ainda mais surreal, imaginar o que nos reserva a partir de 2021.

Porém, uma coisa é previsível: os dirigentes partidários sabem que precisam fixar estratégias para tentar cativar os votos de um público extremamente fiel e praticante do jeito de ser e pensar de Jair Bolsonaro. Uma tarefa nada fácil que aguarda os responsáveis pelas peças publicitárias dos candidatos.


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