marcelo martins

Desafios da economia local: como diversificar?

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Escrevi, recentemente, na coluna, que Santa Maria tem como um dos entraves ao próprio desenvolvimento econômico a renda fixa do funcionalismo público. O que dá uma segurança para tempos de crise - um ponto positivo. Mas, ao mesmo tempo, acaba sendo um inibidor para que a cidade possa alçar voos maiores.

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Até porque, se há uma tábua de salvação, não há, em tese, necessidade de arriscar-se. E quando não se arrisca, não se empreende. Ou seja, é o famoso jogo de soma zero.

Vejamos, por exemplo, a situação do varejo (onde está inserido o comércio), que segue definhando, o que não é de hoje. Passam à margem da crise, os segmentos supermercadista e farmacêutico. Até porque, independentemente do tamanho e da intensidade de uma crise, as pessoas precisam se alimentar e cuidar (ainda que minimamente) da saúde.

Aumento real é salário em dia

Listo, abaixo, alguns caminhos pontuados por fontes:

BINÔMIO
Mas como, então, sair dessa estagnação que atinge Santa Maria? Lojistas e empresariado precisam estar atentos àquele que é o binômio de uma nova era: personalização e informatização. Ou seja, conhecer a fundo o próprio público (saber suas demandas) e fidelizá-lo. E acompanhar as tendências tecnológicas, o ecommerce é prova disso. Já não basta apenas loja física. O ecommerce traz preços competitivos e atrativos.

INTELIGÊNCIA
O fiador para que Santa Maria se desenvolva de forma sustentável está no que é o maior patrimônio do 5º maior município do Estado: o conhecimento. Há, aqui, sete instituições de Ensino Superior, sendo a maior delas a UFSM.

Somos a segunda cidade do RS com maior índice de graduados em relação ao número de moradores: 16,5%.O desafio está em reter esses cérebros, aqui formados, que acabam indo embora. Temos de fazer da inteligência, aqui gerada, o cartão de apresentação de uma Santa Maria moderna e conectada. Foi o conhecimento, desdobrado em produtos e serviços com valor agregado, que colocou países, até então, periféricos na vanguarda dos avanços tecnológicos.

PROTAGONISMO
Dentro do que a cidade pode trilhar, muito deste caminho passa pela sua maior instituição: a UFSM. A Federal, com a pesquisa e a extensão que são carros-chefe da instituição, tem todas as condições de conduzir e levar Santa Maria a ser referência em economia criativa.

Este ano, a universidade deu o primeiro passo para viabilizar o seu próprio Parque Tecnológico. Será a chance de a pesquisa se aproximar do mercado e de grandes players.Um ganho à economia, à renda, e, mais, ao desenvolvimento da Metade Sul do Estado, historicamente o primo pobre.

CAPITAL PRIVADO
Há em Santa Maria um grande aporte de dinheiro, oriundo da poupança, e que está, em tese, "parado". À espera, talvez, de uma boa oportunidade de investimento. Pode-se ter, aí, um incremento à inovação e ao empreendedorismo.

Até porque, não raro, muitas startups dependem, inicialmente, de um capital (na maioria, nada de muito expressivo) para dar a largada ao próprio negócio. E, às vezes, muitas ideias não prosperam porque ficam no aguardo de recursos públicos (cada vez mais escassos).

Nem sempre, ainda mais nos tempos de hoje, investir fica restrito apenas à compra de um imóvel. Repensar o próprio investimento é uma forma de dar uma nova dinâmica à economia local. 

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Marcelo Martins