Foto: Reprodução maquete
Imagem de como ficará o Calçadão de Santa Maria
A construção de um condomínio no Bairro Camobi, com 23 torres, terá mais de 730 apartamentos. Para isso, a construtora De Marco Incorporações Imobiliárias, de Erechim, viabilizará um empreendimento de, pelo menos R$ 122 milhões. Além do impacto e do fomento à economia, o desdobramento dessa obra poderá ser sentido não só ao entorno de Camobi, mas também em outras regiões da cidade.
Ainda na semana passada, o Executivo municipal e a construtora assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) - ferramenta prevista no Plano Diretor - em que fica acordado que a De Marco aportará R$ 1,75 milhão como contrapartida. Isso, na prática, possibilitará à administração do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) um fôlego para tocar demandas que são próprias do poder público.
CONTRAPARTIDA EM OBRAS
Dessa contrapartida, R$ 850 mil serão utilizados para a reforma de uma escola municipal, de um posto de saúde, a manutenção de uma praça, intervenções em paradas de ônibus precarizadas e inexistentes e, por fim, à construção de uma ciclovia. Tudo no entorno do condomínio, que ficará na Avenida João Machado Soares. Já a outra parte da verba, de R$ 900 mil, será destinada a outros investimentos de interesse do poder público, como a reforma do Calçadão
CALÇADÃO
Há a possibilidade, explica o engenheiro, de que o valor de R$ 900 mil seja fracionado, conforme sinalização feita pela própria prefeitura. A verba de R$ 400 mil ajudará a dar uma injeção na recuperação do Calçadão.
- É uma contrapartida significativa que daremos à prefeitura, mas vimos em Santa Maria um nicho promissor, além do que é uma cidade que tenho um carinho muito grande - afirma De Marco.
Mas até a assinatura do TAC, o engenheiro civil diz que "por muito pouco não desistiu de investir" em Santa Maria. O projeto da obra tramita desde 2017 por várias pastas da administração municipal e, no momento, resta apenas a liberação de uma última etapa: a licença de execução. Superado esse trâmite, terá início a obra, prevista para ocorrer já em maio (com os serviços de terraplanagem e os primeiros módulos). A previsão é que as mais de duas dezenas de torres sejam concluídas em até quatro anos (confira detalhes na página ao lado).
Quem acompanhou o processo, do lado da prefeitura, foi a procuradora jurídica do município, Rossana Boeira, que afirma que agora está tudo devidamente ajustado. Ela comentou à reportagem sobre a contrapartida:
- São medidas compensatórias que estão previstas no Plano Diretor e que agregarão valor ao dia a dia da comunidade. É uma ferramenta moderna e que, invariavelmente, a comunidade ganhará e, claro, a empresa nos ajudará nisso. É uma parceria que os dois lados ganham.
APARTAMENTOS DO CONDOMÍNIO SERÃO FINANCIADOS PELA CAIXA
A área do terreno, de 45,8 mil metros quadrados, foi comprada de uma empresa privada. Uma vez iniciada, a obra terá 55,8 mil metros quadrados de área construída. O Morada do Leste, como se chamará o residencial, terá 23 prédios - sendo que cada um terá oito andares com quatro apartamentos cada. Ao todo, o residencial terá 736 unidades.
O imóvel com 55 metros quadrados será compacto, mas terá uma estrutura atrativa, garante Carlos De Marco. Serão dois quartos, um banheiro, cozinha e sala integradas, área de serviço, sacada com churrasqueira e uma vaga de garagem. O residencial ainda ofertará quadra poliesportiva, pista de caminhada, academia, playground, churrasqueira, salão de festas e uma ampla área verde que representará um terço da área total do condomínio.
Outro diferencial da obra é o sistema de construção - mais rápido e econômico - que se vale da utilização de paredes de concreto que são moldadas in loco, explica o empresário. Está prevista, ainda, outra tecnologia cada vez mais usual em grandes centros urbanos: a captação da água da chuva e sua retenção, que contribui para racionalização do uso da água tratada e também dará enfrentamento aos efeitos de enchentes e de inundações.
Os apartamentos, que terão financiamento pela Caixa Econômica Federal, enquadram-se na chamada Faixa 2 (que contempla renda de três a seis salários). Para o primeiro lote, que terá sete prédios e 192 apartamentos, os preços devem variar de R$ 160 mil a R$ 170 mil.
Desde 2011, a De Marco é referência em unidades habitacionais pelo Minha Casa, Minha Vida e já entregou 813 apartamentos em Casca, Marau, Erechim, Passo Fundo e Carazinho.
ESTRUTURA
O Morada do Leste, como se chamará o residencial no Bairro Camobi, prevê a seguinte estrutura:
- 23 prédios que, juntos, terão 736 apartamentos
- Cada apartamento terá 55 metros quadrados
- Serão dois quartos, um banheiro, uma cozinha e sala integrados, área de serviço, sacada com churrasqueira e uma vaga de garagem
- O residencial ofertará quadra poliesportiva, pista de caminhada, academia, playground, churrasqueira e salão de festas
- A área verde representará por 35% do total do condomínio
- O total do investimento será de R$ 122 milhões
- Os apartamentos terão financiamento pela Caixa na chamada Faixa 2 (que contempla renda de três a seis salários mínimos - R$ 2,9 mil a R$ 5,9 mil)
- Para o primeiro lote, que terá sete prédios e 192 apartamentos, os preços devem variar de R$ 160 mil a R$ 170 mil
- As obras começam em maio e devem durar quatro anos
- Cada prédio terá oito andares de quatro apartamentos