Foto: Renan Mattos (Diário)
Capelas para velórios devem ser construídas no mesmo espaço onde fica o Cemitério Ecumênico de Santa Maria
A meta está traçada: entregar as cinco capelas mortuárias do cemitério ecumênico de Santa Maria até 25 de outubro deste ano. As novas salas velatórias, como também são chamadas, serão construídas em uma parceria firmada entre a prefeitura, o Hospital de Caridade e a construtora De Marco, que é de fora da cidade. O objetivo do poder público é que as obras e melhorias do Ecumênico ocorram de forma concomitante. Ou seja, construtora e hospital dariam a largada aos trabalhos até a metade do mês de maio.
Atualmente, as capelas ficam na Rua Floriano Peixoto, no Centro, onde o espaço é de propriedade do Caridade. Fala-se que, pelo menos, há mais de 10 anos, que o Caridade reivindica aquele espaço junto ao poder público. Nessa queda de braço, a prefeitura, nos últimos anos, alegava reiteradas vezes que não tinha o que fazer nem a quem recorrer. E, do outro lado, o Caridade que buscava dar sequência ao plano de expansão e, assim, erguer outro bloco para as demandas hospitalares da instituição.
Mas foi somente no ano passado que o nó começou a ser desatado pelas mãos da procuradora jurídica Rossana Boeira. Ela conduziu as tratativas, sempre delicadas, com a provedoria do hospital. As conversações se iniciaram em maio de 2018 e, em menos de um ano, um resultado concreto ocorreu: foi batido o martelo entre as partes para erguer as novas capelas.
Em busca de dar celeridade à desocupação do local com as atuais capelas, a direção do Caridade contratou um arquiteto de Lajeado que elaborou um projeto para mensurar o custo e o que seria necessário para a remoção da estrutura do atual endereço. O custo, revelaram fontes da prefeitura, beiraria a cifra de R$ 1 milhão - o que o hospital, em um primeiro momento, teria asseverado ser inviável de arcar sozinho.
Foi, então, neste meio tempo, que surgiu a De Marco Incorporações Imobiliárias, construtora de Erechim, que promete fazer uma das maiores obras da construção civil local: erguer 23 torres que, juntas, irão somar mais de 700 apartamentos em um investimento de R$ 122 milhões, lá no Bairro Camobi. Com o risco de o município perder o investimento, em decorrência da morosidade da prefeitura na análise dos projetos e na liberação das licenças, foi que a procuradora, mais uma vez, tomou frente da bronca. Ao firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com base na utilização do Plano Diretor, a prefeitura fez exigência à empresa por se tratar de um grande investimento e, assim, lançou mão de medidas compensatórias. Dessa forma, construtora e Executivo acordaram os termos e a empresa terá até 25 de outubro para entregar o que lhe compete. A meta da prefeitura é que as obras e melhorias do Ecumênico ocorram de forma concomitante. Ou seja, construtora e hospital darão a largada aos trabalhos.
Em os prazos se concretizando, a partir de outubro deste ano, a prefeitura pretende resolver outro problema: achar quem queira fazer a gestão das capelas do Caridade. A ideia, nos planos do governo Pozzobom, é até o fim de 2019, colocar na rua um processo licitatório - já com um cemitério mais moderno e mais atrativo à iniciativa privada - para encontrar quem queira ficar responsável pela gestão do local.