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Até que enfim a Câmara de Vereadores dá um exemplo

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Não há nada de certo nem correto dentro da política. Qualquer situação ou demanda que venha a ser feita por um político - esteja ele em mandato ou não - já é vista como algo com interesses escusos. Mas a vida é regida por interesses, trocas, entregues. A diferença é que, na política, as coisas devem ser pautadas pelo interesse e respeito à chamada coisa pública. 

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E o Legislativo de Santa Maria tem mostrado uma conexão e uma proximidade da sociedade, que não se iniciou nesta legislatura. Aliás, essa relação profícua e saudável começou ainda no momento mais difícil da história recente do município: o enfrentamento à pandemia da Covid-19. Desta forma, ainda no ano passado, o então presidente da Câmara, Adelar Vargas (MDB), deu o primeiro aceno de que a Casa não estava alheia e numa redoma, e abriu mão das chamadas emendas impositivas e destinou 100% dos valores para ajudar no combate ao coronavírus.

Além disso, sob a coordenação do emedebista, os 21 vereadores decidiram que, para o período de 2021 a 2024, não haveria aumento dos salários dos vereadores.

NOVOS ARES
Agora, a nova legislatura da Câmara foi além. A Casa - que teve a maior renovação das últimas duas décadas com 10 estreantes, três que voltaram à Câmara, e, ainda, oito reeleitos - mostra que está alinhada ao que a sociedade espera da classe política: entrega de resultados e, dentro do possível, menos regalias bancadas com o dinheiro do contribuinte.  

Desta forma, 17 dos 21 vereadores abriram mão - seja na totalidade ou na integralidade - dos benefícios concedidos pelo poder legislativo. É bom que se diga que não há nenhuma ilicitude em tais ajudas. Mas também há de ser reconhecido que, em tempos de crise, gestos e atos são importantes. Até diria mais, são necessários.Pode ser dito, pelo público em geral, sejam os leigos ou aqueles que são da "turma do contra", que os vereadores querem apenas fazer média ou pontuar junto à população com tal medida.

Mas aqueles que afirmam isso, cabe uma reflexão: é cabível que um vereador tenha a conta paga do celular e ainda conte com "uma ajudinha" para encher o tanque do carro particular sob o pretexto do famigerado e eleitoreiro "gabinete móvel"? Qual a garantia e, mais, que certificação que a quilometragem rodada, bem como as ligações feitas com os celulares, foram com o propósito nobre e altruísta de ajudar a comunidade? Pode ser que ocorra mesmo, mas é difícil crer que isso ocorra na totalidade.  

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