Uma caminhada, até aqui, solitária, mas com um propósito bem definido: imprimir, dentro da máquina pública, uma gestão com foco e, principalmente, sem loteamento do Executivo municipal. Com essa bandeira é que deve se apresentar ao eleitor de Santa Maria o pré-candidato, empresário e advogado Evandro de Barros Behr (Cidadania). Filho do ex-prefeito Evandro Behr, que governou Santa Maria de 1989 a 1992, Behr filho traz no DNA a política, porém, de forma revisitada.
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Nesta fase em que partidos conversam para compor alianças e traçar estratégias em busca do maior tempo de rádio e de televisão, Behr também o faz. Entretanto, com parcimônia, assevera. Ele diz que, a exemplo dos demais partidos, "também busca composição". Contudo, ele trata do tema com uma ressalva:
- Não vou me coligar com quem quer seja apenas por espaço de rádio e tv. Ou, ainda, combinando quem fica com qual secretaria.
Ao apontar uma falta de direção, junto às gestões municipais, Behr sabe que a máquina pública não conta com a celeridade da iniciativa privada. Com a experiência de ter sido diretor-administrativo da FGTAS por praticamente cinco anos - nos governos de Germano Rigotto (MDB) e de Yeda Crusius (PSDB) -, Behr propõe um híbrido:
- Coordenei 108 agências e mais de 1 mil funcionários, são os servidores quem sabem dos meandros e do funcionamento da máquina. O que, muitas vezes, falta é uma ausência de orientação e de organizar e otimizar fluxos.Ao colocar um técnico junto aos servidores, e não um CC político que nada sabe, eles vêm contigo e todos ganham. O mundo da gestão é o que eu proponho.
Sem fazer terra arrasada, ele quer mostrar e provar ao eleitor, que há outro caminho viável:
- Não sou melhor nem pior do que ninguém, sou diferente. Não estou dizendo, nem o faria, que os demais prefeitos nada fizeram, bem pelo contrário. Todos, sem restrição, deram sua contribuição. Mas, há hoje uma miopia administrativa.
CONDIÇÃO
Behr crê que, por mais que a candidatura possa parecer inexpressiva frente às demais, ele tem o diferencial da baixa rejeição e, principalmente, de fugir das velhas práticas do toma-lá-dá-cá:
-O desenho ideal observaria critérios sérios para nomear secretários no governo: capacidade técnica, sensibilidade e o reconhecimento do setor em que atuam.