O Diário noticia, de longa data, um drama de quem empreende e emprega em Santa Maria: as dificuldades do setor da construção civil. A falta de agilidade e de eficiência fizeram casa e, ainda, contam com habite-se e alvará de funcionamento dentro da prefeitura. É óbvio, e seria ingenuidade ou, até mesmo, estupidez, imaginar que a celeridade da iniciativa privada consiga ser replicada dentro da máquina pública. Mas um pouquinho, que seja, poderia ser almejado.
E é isso o que a gestão do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) tenta com essa reforma administrativa. Ainda que ela não tenha apresentado novos nomes e, inclusive, aposte em alguns já desgastados, a iniciativa é meritória: romper com as amarras da leniência e da letargia do staff público.
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Considerada a maior "indústria" da cidade, a construção civil, mesmo em meio à pandemia, empregou e cresceu no ano passado. Matéria feita com o repórter de Política, Maurício Araujo, nesta edição (confira nas pág.23 a 28), mostra o quão representativo é esse setor. Ainda assim, o poder público, historicamente, consegue, ano após ano, dificultar a vida desse empresariado. A espera, para viabilizar um empreendimento, chega a levar cansativos e maçantes dois anos.
ALIÁS...
Em 2012, o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) doou à prefeitura um software para informatizar o sistema voltado ao setor. O que nunca aconteceu. Por quê? Resistência de um pequeno grupo de servidores que emperra as tentativas de derrubar o muro da ineficiência. Morosidade que se desdobra em lentidão na análise de projetos e coloca em risco empreendimentos novos.
É chegada a hora de saber se essa gestão, a exemplo das anteriores, será soterrada pelo lobby de meia dúzia, ou, então, se o governo municipal dará as regras do jogo.