Com o avanço da vacinação, ainda que muitos não consigam ver isso (e só critiquem), é possível que cheguemos ao fim deste ano, com boa parte da totalidade da população imunizada. Ou seja, a partir daí o 2022 será de um (contínuo) recomeço a todos. Já com uma bagagem de aprendizado e de lições que a pandemia forçadamente nos imprimiu, teremos de pensar, o quanto antes, o que esperamos para o nosso país. Um pleito eleitoral já se anuncia, e com possibilidades nada animadoras.
O projeto de renda básica de Marina une petistas e Pozzobom
De um lado, estamos acossados, acuados por dois grupos que pregam, com suas táticas próprias, "o quanto pior, melhor". Bolsonaristas que enxergam um complô em tudo. E lulistas que se dão de ombros aos maiores escândalos de corrupção capitaneados pela sigla. É preciso ver que esses grupos não são alternativas viáveis e factíveis aos anseios da nossa sociedade que caminha, a passos largos, para a barbárie e à falta de civilidade.
O brasileiro, que estiver no ano que vem imunizado e com as faculdades mentais em dia, deve sair de dentro da caverna - aquela mesma do "mito da caverna" da obra A República, do filósofo grego Platão. Não podemos mais permitir que uma nação seja subjugada por aqueles que permanecem acorrentados e com as costas voltadas à vida, ao mundo externo.
O importante e necessário avanço da vacinação
A tarefa de quem não tem político de estimação é libertar, ao menos, um desses acorrentados da caverna e trazê-lo para o mundo real. As sombras projetadas não podem mais ser vistas como reais. O aprisionamento de duas propostas ideológicas extremistas e defasadas, representadas por Lula e Bolsonaro, deve ser desfeito à luz da racionalidade. Urge buscarmos uma terceira via para libertar o Brasil das amarras do populismo - seja ele de esquerda ou de direita.