Santa Maria tem a possibilidade de ser, neste 2021 de esperanças renovadas, o local para a Escola de Formação de Sargentos das Armas (ESA). O maior município do centro do Estado está no páreo para receber o investimento educacional militar que, na prática, pode dar uma nova configuração ao mapa econômico não só de Santa Maria, mas da região central como um todo.
Isso porque o Exército Brasileiro revelou, conforme o repórter Rafael Favero, quais são as outras duas cidades que avançaram ao lado de Santa Maria para a segunda fase do processo que irá escolher o local que receberá a nova unidade da ESA. São elas: Ponta Grossa, no Paraná, e Recife, em Pernambuco. Os três municípios foram selecionados entre 16 visitados pela comissão responsável pelo projeto ao longo do ano passado.
Agora, para o primeiro trimestre, a cúpula do Exército volta a Santa Maria para novas visitas e, com isso, dar o veredicto para onde irá a ESA.
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FORÇA
É chegada hora de Santa Maria mostrar que todo o arcabouço existente em torno do título de "cidade dos quartéis" é representativo e que é aqui que deve ser alocada a unidade. Ainda que as demais cidades sejam fortes concorrentes, as chamadas forças vivas e os setores produtivos do município devem se unir para fazer com que Santa Maria seja a escolhida. Mesmo que exista a chance de isso não ocorrer, é preciso, pelo menos, que por omissão não percamos a ESA.
Ou seja, que os esforços e todos os movimentos ocorram em um sentido só: o de vencer essa batalha. Há um sem-número de razões e de justificativas que fazem com que estejamos na frente. O custo de vida, aqui, é infinitamente mais em conta do que, por exemplo, na capital pernambucana. Estamos ainda em uma condição geográfica muito mais favorável que Ponta Grossa.
O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) fez frente, ainda no ano passado, em busca dessa unidade que representará um aporte inicial de mais de R$ 1 bilhão. E, depois, na sequência, trará uma injeção anual de R$ 250 milhões apenas com a folha de pagamento. Em tempos de crise, e da necessidade de uma reconstrução pós-pandemia, Santa Maria tem o capital político do principal fiador para a vinda da ESA: o governador Eduardo Leite (PSDB), que já deu carta branca ao prefeito Pozzobom para atender todas as eventuais demandas necessárias para garantir o empreendimento educacional.
O Exército tem, aqui, um hospital e uma escola próprios, sem dizer que, em termos de segurança (uma questão cara à família militar), a cidade tem o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), um olhar guiado com câmeras das principais entradas e saídas de Santa Maria.
ALIÁS...
A vinda da ESA para Santa Maria, se consolidada, representará uma virada de chave importante para o quinto maior município do Rio Grande do Sul. Haverá um incremento econômico em todos os setores produtivos da cidade - desde a construção civil, hotelaria, redes gastronômica, supermercadista, de automóveis, entre outros. É a oportunidade de ouro, em uma época de escassez de renda e de salários, que Santa Maria tem tudo para garantir.
A CONFERIR...
Ali adiante, se for o caso de Santa Maria ser o endereço da nova unidade da ESA, quantos se colocarão como pai da criança? Aliás, situação semelhante se viu quando a cidade conseguiu fazer com que o Hospital Regional de Santa Maria abrisse após longos 15 anos.