marcelo martins

O ativismo panfletário não deixa ver o básico: há um bom militar na saúde

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Desde que o Brasil, assim como o mundo, foi acometido pela pandemia, um sem-número de especialistas nas áreas médica e financeira surgiu no país, as redes sociais amplificaram a voz de especialistas de toda ordem. Um dos méritos de fazer jornalismo é a possibilidade atrelada à necessidade de se ouvir e falar com fontes dos mais variados nichos de atuação.

Ainda assim, o jornalista não se torna um especialista em nada do que for tratado para uma determinada matéria, mesmo assim ele realiza um exercício esquecido por muitos nos dias de hoje: ouvir (com atenção) e perguntar (o que realmente é preciso).

No governo do presidente Bolsonaro, ainda que as ressalvas sejam várias, o jornalismo militante e partidário veio à tona. Colegas de redação, e isso é visto de norte a sul do país, passaram a fazer o antijornalismo. Ou seja, passaram a usar o espaço que lhes é concedido para fazer panfletagem dos tempos da era do lulopetismo e atacar frontalmente o governo atual.

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Isso tudo ficou de forma ainda mais evidente durante a pandemia. Concordo plenamente com os demais colegas que o presidente falou (e fala) atrocidades sobre a Covid-19, mas ainda que não se justifique, ele se elegeu sendo assim. Qual a novidade e o espanto? Ele deveria ser visto como aquela pessoa que todos sabem que está ali por um questão circunstancial e de momento. Logo, e ainda bem, sairá.

Nem por isso o governo dele deixa de ter méritos e acertos. Vejamos o caso da saúde, o ministro da pasta, Eduardo Pazuello. Ele é um técnico que desde o começo - ainda quando assumiu interinamente - vem trabalhando de forma silenciosa e eficaz. O general é um especialista em questão de logística. Esteve à frente da operação Acolhida ao receber os venezuelanos que fugiram do caos socialista do regime Maduro.

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DIFERENÇAS
Agora, tem sido a voz sensata e responsável do governo federal junto aos estados para viabilizar a compra das vacinas. Sem holofotes e sem ego, não age como o governador de São Paulo que quer a todo custo ser o protagonista. Às viúvas de Mandetta, que deixou o ministério e depois lançou livro (e deve concorrer à presidência em 2022), vale colocar uma diferença entre os dois.

Pazuello é militar e, acima de tudo, obedece a hierarquia, e está servindo à nação. Mandetta, ainda que seja um quadro sério, é político e se move conforme os ventos da política.

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