A pré-candidatura de Marcelo Bisogno (PDT) à prefeitura de Santa Maria, que tem como vice o nome de Fabiano Pereira (PSB), tem tido dias de instabilidade e, não raro, de indefinição. Aliás, tranquilidade é o que não tem o pedetista, que iniciou praticamente sozinho a caminhada, ainda no ano passado, para viabilizar sua candidatura ao Executivo municipal.
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Na semana que passou, Bisogno, que tem no currículo mandatos como vereador e atuações como secretário de município em dois governos (PT e MDB), viu-se cercado por boatos e rumores que colocaram em xeque as pretensões dele à prefeitura. O fato de ele ser o cabeça da chapa é algo que, todos sabem, sempre incomodou alguns integrantes do PSB, uma vez que os socialistas veem como uma inversão de valores Bisogno ser o número um, e, Fabiano Pereira ter sido o preterido de tal protagonismo.
Acontece que os dissabores e descontentamentos, que eram internos, foram externados. E, por tabela, correram as conversas em grupos de mensagens, criando uma atmosfera de cisão entre as partes. O fato é que, justamente, na derradeira semana que se encerra o prazo do calendário eleitoral para a homologação das candidaturas, Bisogno e Fabiano Pereira vivem dias de um estranho distanciamento (ainda que social e controlado).
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DE SAÍDA?
Os rumores dão conta que a Frente Trabalhista, idealizada e liderada pelo PDT, sofre um processo de encolhimento _ uma vez que, no passado recente, o Avante e o PTB desembarcaram do bloco pró-Bisogno. Ao que parece, Marcelo Bisogno parece estar em uma situação delicada. Ele tem, até o momento, ao lado dele um vice, que é Fabiano Pereira.
Porém, as desconfianças existem e habitam os pensamentos de pedetistas e dos demais apoiadores (PCdoB, PV e Rede). Contudo, Bisogno falou, ontem, à coluna e asseverou que "nada nem ninguém" irá tirá-lo da disputa eleitoral:
- Até onde eu sei, o Fabiano está fechado comigo. Estamos juntos nessa. Tanto é que ele já falou publicamente que estamos nesta caminhada juntos. Estamos em um momento onde as boatarias se disseminam e são ainda mais amplificadas. Da minha parte, não há nenhuma alteração junto à Frente Trabalhista.
Bisogno, da parte dele, está fechado com Fabiano Pereira. Resta, agora, saber se essa edificação (Frente Trabalhista) está assentada em base sólida. Ou, então, se a estrutura que os mantêm é de areia movediça.
PORÉM...
Como na política, não há ingênuos ou desavisados, Bisogno mostra _ ainda que tudo esteja aparentemente dentro de uma eventual normalidade _ ser precavido. O que traduzindo significa que, se Fabiano Pereira abandonar a barca, ele tem quem o substitua.
- Uma coisa te digo com toda segurança: serei candidato à prefeitura de Santa Maria. Esse papo que eu iria à vereança é tentativa de desconstruir a minha caminhada até aqui. Não há qualquer chance disso. Vou ser candidato a prefeito com ou sem ele (Fabiano Pereira). Se acontecer de ele não estar conosco, até porque a política sempre pode reservar surpresas, tenho seguramente nomes da coligação e, até de outros partidos, que querem estar comigo - disse um enérgico Bisogno.
À coluna, Fabiano Pereira disse, na semana passada, que está tudo bem entre eles. Vamos ver se, nesta semana, isso segue assim. Ou não.