Aluno da UFSM garante vaga no Mundial Universitário de Orientação

Aluno da UFSM garante vaga no Mundial Universitário de Orientação

Foto: Ivan Ferreira De Assis Sampaio

Um mapa, uma bússola na mão e muito cuidado para não errar o percurso. Assim foi a rotina de Júnior Lizzi, 23 anos, até garantir a classificação para o Mundial Universitário de Orientação, que ocorre entre os dias 1º e 5 de agosto, em Bansko, na Bulgária. Aluno da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele sonha em viver do esporte e quer inspirar pessoas com sua perseverança.


O esporte

De origem nórdica, a orientação é um esporte que mistura a agilidade com a concentração. O objetivo é realizar um percurso urbano ou rural o mais rápido possível, passando por todos os pontos sinalizados no trajeto, utilizando apenas um mapa e uma bússola. A prática é dividida em quatro modalidades:

  • Sprint: disputado em locais mais abertos, com duração entre 12 e 15 minutos.
  • Floresta médio: disputada em florestas, com duração entre 35 e 45 minutos.
  • Floresta longa: disputada em florestas, com duração entre 80 e 120 minutos.
  • Revezamento: disputado entre dois homens e duas mulheres por equipe. O percurso pode ser tanto floresta quanto sprint.

No caso de Júnior Lizzi, a disputa no Mundial será apenas na modalidade sprint e no floresta médio. A participação no revezamento depende de uma possível união com outros países, visto que o Brasil só terá dois representantes nos jogos. Vale destacar que em função da instabilidade dos solos da região, o campeonato não terá percursos longos.


O primeiro contato

Natural de Tupanciretã, Lizzi teve o primeiro contato com a orientação em 2018 após uma viagem de escola para Salto do Jacuí, a 120 km de distância da terra natal. A cidade, inclusive, passou a ser o local de treino do jovem, que tinha de enfrentar cerca de 1 hora e 30 minutos de carona ou de ônibus para praticar o esporte.

Em seu primeiro ano, o estudante de Tecnologia em Geoprocessamento na UFSM conquistou o Campeonato Municipal de Orientação de Santa Maria e foi vice-campeão gaúcho. No entanto, ele abandonou a orientação nos anos seguintes e só retornou à prática na metade de 2022.


O sonho do mundial

Foto: Ivan Ferreira De Assis Sampaio

Em 2022, Lizzi estudava Engenharia Agrícola na UFSM de Cachoeira do Sul. No mesmo ano, a instituição precisava de uma pessoa para fechar a equipe de orientação para a disputa dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), e o jovem foi chamado. Antes da ida aos Jogos, ele ouviu de seu treinador que teria condições de disputar o Campeonato Mundial em 2024, em caso de uma dedicação maior ao esporte. 

– O treinador falou que se eu me dedicasse a partir do JUBs eu teria condições, porque o ranking universitário começaria naquele período. A partir disso, comecei a treinar mais e focar no objetivo – disse o jovem que sonha em viver do esporte.

Em Cachoeira do Sul, o estudante de 23 anos treinava por conta própria e era abastecido por mapas antigos da região. Entretanto, na metade de 2023, ele conseguiu transferência para o campus de Santa Maria e acabou ingressando no Curso de Tecnologia em Geoprocessamento no Colégio Politécnico. Desde então, tem recebido apoio do Núcleo de Implementação da Excelência Esportiva e Manutenção da Saúde (NIEEMS) por meio de treinamentos e recursos para competir e do Clube de Orientação de Santa Maria (Cosm). Em paralelo a isso, disputou grandes competições do esporte e garantiu a classificação para o Mundial por meio do ranking universitário.

– É um marco para a UFSM, para Santa Maria e para o Rio Grande do Sul. Imagina poder mandar um atleta a nível mundial após tudo que aconteceu no Estado. Eu ainda não acredito que vou disputar a principal competição universitária do meu esporte. A ficha só vai cair quando eu cruzar o portão de embarque. Tenho certeza que vou chorar nessa parte – afirmou o atleta, que descobriu sobre a convocação pouco mais de um mês antes do Mundial.


Os próximos objetivos

Com as passagens compradas, Júnior Lizzi chega na Bulgária no dia 30 e compete a partir de 1° de agosto. Muito focado em não errar rotas, como o próprio se define, o tupanciretanense afirma que deseja viver do esporte no futuro e que quer estar cada vez mais inserido no cenário nacional da orientação.

– Eu tenho como grande objetivo no esporte motivar as pessoas ao meu redor, mostrar que a dedicação compensa. Mas também tenho o sonho de ser um atleta profissional, viver do esporte, estar em grandes equipes nacionais e mundiais. E tenho certeza que o Mundial Universitário vai ajudar nisso.

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