saúde

São Gabriel tem 60 casos de crianças infectadas com a doença mão-pé-boca

da redação


Foto: Prefeitura de São Gabriel (Divulgação)

Creches que atendem crianças menores de seis anos em São Gabriel não estão recebendo alunos nesta quinta e sexta-feira. De acordo com a prefeitura, as 12 escolas serão mantidas fechadas para higienização e controle sanitário conforme determinação dos setores de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. Isso porque, no último mês, foram confirmados casos da doença mão-pé-boca em 60 crianças

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Conforme o secretário de Saúde Ricardo Coirolo, os casos começaram a surgir no início de abril. Desde então, o município tem feito limpezas nas escolas aos finais de semana. Ele relata, também, que os pais estão sendo orientados a não levar as crianças infectadas para as aulas.

- São casos que nos preocupam muito, até por isso resolvemos fazer essa higienização e manter as creches fechadas por cinco dias, para eliminar o vírus. Mas não consideramos que seja um surto, pois os casos estão concentrados em duas creches, e é um vírus altamente contagioso - destaca o secretário.

A higienização é feita para eliminar a possibilidade de foco da doença. Ela causa febre alta, dor de garganta, mal-estar, aparecimento de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe e erupção de pequenas bolhas na palma das mãos e planta dos pés.


Foto: Prefeitura de São Gabriel (Divulgação)

SANTA MARIA
A Vigilância em Saúde de Santa Maria informou que, mesmo não se tratando de uma doença de notificação compulsória, o setor recebe contatos de escolas que pedem orientações. Nesse caso, a escola é orientada a afastar o aluno diagnosticado com a doença e a desinfectar a sala de aula.  

Segundo a Superintendência de Comunicação, neste ano, foram recebidos três casos de escolas, de fevereiro a abril, localizadas em diferentes regiões de Santa Maria, e que tratam-se de casos esporádicos.

A SÍNDROME
A síndrome mão-pé-boca (DPMB) é uma doença contagiosa causada pelo vírus Coxsackie. De acordo com a médica infectologista pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), Marceli Zamboni Bertoncello, a mão-pé-boca é uma doença típica da infância, apesar de também poder infectar adultos.  

- Essa doença ocorre durante o ano inteiro, mas a ocorrência é mais comum em épocas mais frias devido às crianças permanecerem em ambientes fechados e com contato mais próximo - alerta a especialista.

Sintomas

  • Febre alta no início do quadro
  • Mal estar
  • Falta de apetite
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Manifestação de lesões vesiculares na boca, amígdalas e faringe
  • Erupções com bolhas nas palmas das mãos, plantas dos pés e nádegas

Transmissão

  • Ocorre pelo contato com secreções de vias aéreas superiores (sailva e secreção nasal), fezes ou objetos contaminados
  • A pessoa infectada pode transmitir o vírus por até quatro semanas, mesmo sem sintomas, e também se infectar mais de uma vez

Tratamento

  • Apenas sintomático, com analgésicos e hidratação
  • O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta

Recomendações

  • Não há vacinas disponíveis para prevenir a doença
  • Os cuidados consistem em manter os objetos pessoais e compartilhados sempre limpos e higienizados
  • Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos
  • Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir

Fonte: Médica infectologista pediátrica Marceli Zamboni Bertoncello e Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde

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