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Um buraco engoliu Santa Maria. E não é de hoje

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Thays Ceretta (Diário)

Um vazio administrativo se adonou de Santa Maria, e não é de hoje. Um vácuo que se traduz em falta de eficiência e que se arrasta pelas últimas duas décadas. Uma cidade que sempre se vangloriou de ter uma poupança gorda - guardada e, muito dela, puxada pelo funcionalismo.

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Acontece que os tempos mudaram e a roda girou. Mas a engrenagem não foi azeitada. O resultado disso pode ser visto em exemplos do dia a dia, mas que elucidam o quão grave é a situação do maior município do centro do Estado. A buraqueira das ruas de bairros e vilas é só um cisco no olho, mas que evidencia uma cidade largada.

Após anos de remendos e de operações tapa-buraco, a prefeitura conseguiu, em 2018, viabilizar com o governo federal a obtenção de um empréstimo milionário para dar enfrentamento à buraqueira. 

Se faz, agora, o que no passado sequer foi tentado. Um remédio amargo e, igualmente, necessário. Até porque um empréstimo é uma faca de dois gumes, já que se resolve um problema de imediato e, obviamente, se cria outro logo ali na frente. Uma vez que os futuros gestores terão um passivo a pagar.

Ainda tivemos na nossa história recente a hecatombe da Kiss. E muitos se levantaram para dizer que o incêndio da casa noturna engessou o município. Leviandade e má-fé ao creditar à morte de 242 jovens o marasmo e o atraso da cidade. Gestores e alguns setores seguem agarrados às bengalas e a receituários que deram certo no passado. Mas que hoje são obsoletos. 

Exemplos elucidam bem essa capacidade de Santa Maria "andar de lado" como caranguejo: não somos capazes de abrir os mercados aos domingos; por muito pouco não perdemos o investimento da Havan, e sequer conseguimos promover uma mudança no centro da cidade (como a ampliação da 2ª quadra da Bozano).  

Haja Romaria e oração para ver se a cidade consegue engrenar com tanta gente jogando contra.

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Marcelo Martins