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Quem é o gaúcho que foi reconhecido como herói nacional?

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Galeria Senado (Divulgação)

Um dos brasileiros com maior projeção no mundo, esse foi Oswaldo Aranha (1884-1960). Advogado, diplomata e político, foi o chanceler brasileiro que esteve à frente da fundação do estado de Israel. É bem possível que a maioria dos brasileiros não saiba a importância e a relevância dele frente ao mundo. Naquela época, na década de 1940, as terras do Oriente Médio estavam sob o comando dos ingleses. Assim, colocou-se em pauta a partilha da Palestina. Ou seja, seriam criados dois estados (um judeu, e, outro, árabe).

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Ele foi responsável, junto a uma comissão, de elaborar um plano de partilha da região entre a comunidade internacional, árabes e judeus. O crédito de um lar nacional judeu veio pelas mãos e por meio da articulação dele ao presidir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).  

INFLUENTE
Além de ter sido embaixador nos Estados Unidos, era extremamente influente por ter amigos (muitos deles judeus) e próximo do então presidente americano Franklin Roosevelt. Era um defensor de uma relação geopolítica do Brasil alinhada aos Estados Unidos. Em suas falas e palestras mundo afora, sempre levantou a bandeira que era possível conciliar a defesa dos interesses e da soberania nacional. Também foi ministro nos governos de Getúlio Vargas. 

O fato é que Oswaldo Aranha é, agora, de forma reconhecida um herói nacional. O presidente Jair Bolsonaro sancionou, ainda na semana passada, que Aranha é o 42º brasileiro a ser incluído no chamado Livro dos Heróis da Pátria. Assim, ele passa a figurar ao lado de outros nomes como Tiradentes, Santos Dumont, Machado de Assis, Zumbi dos Palmares, Anita Garibaldi e Zuzu Angel.

JUSTA HOMENAGEM
Oswaldo Aranha é, em Israel, reverenciado e, não à toa, que no centro de Jerusalém (ao lado de um cemitério muçulmano), há uma praça que leva o nome do gaúcho do Alegrete. Hoje se fala em lobby (como algo pejorativo), mas o chanceler fez um lobby positivo para que a partilha da Palestina possibilitasse os dois estados (judeu e árabe). O que lhe rendeu o Nobel da Paz. 

TRADIÇÃO
É graças a ele que o Brasil é o primeiro a discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU. Foi ele quem presidiu aquela sessão, em 1947, que aprovou a partilha da Palestina. Daí em diante, convencionou-se essa tradição.

A busca pelo reconhecimento de Oswaldo Aranha partiu do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT) e do senador Lasier Martins (Podemos).  

SOBRINHO
Além disso, Oswaldo Aranha tem, em Santa Maria, um integrante da família. É Patrick Luderitz, ex-presidente do PSL local e um dos apoiadores do Aliança pelo Brasil na cidade, que é sobrinho bisneto do chanceler. 

- É uma honra e uma alegria vermos o reconhecimento do tio Oswaldo, uma pessoa que foi tão determinante nos rumos do país e do mundo. Acho que é dele que vem minha veia de ajudar na política. Sempre busquei na política uma forma de ajudar as pessoas. E não de ver as pessoas como meros eleitores. Precisamos ver as pessoas sendo bem atendidas, independentemente de elas votarem neste ou naquele partido - resume.

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