Foto: Guilherme Rocha (Arquivo pessoal)
Parque dos Morros, em Santa Maria, tem uma área total de 150 hectares
O Parque Natural Municipal dos Morros, em Santa Maria, deve ser aberto à população em 2020. A projeção é da Secretaria de Meio Ambiente. Se isso, de fato, for confirmado, trata-se de um avanço marcante ao parque, que contabiliza uma década de tratativas para que o local passe a ser um espaço de práticas turísticas ao ar livre ou, simplesmente, para se apreciar uma das vistas mais belas da cidade.
Leia mais colunas de Marcelo Martins
Desde 2009, quando a prefeitura se valeu de um decreto de desapropriação amigável - que se deu entre a prefeitura e os donos da área -, muito se avançou. Nessa linha do tempo, em 2011, o Executivo obteve a posse definitiva e, três anos depois, veio a titularidade plena da área. Porém, a conquista recente foi mesmo em 2016, quando o poder público teve a confirmação e, mais, a superação de todos esses trâmites que se traduziram em conquista da área.
Ao contrário de outros projetos de parques da cidade, como o da Jockey Club e do Itaimbé, que são urbanos ou de áreas de convívio, o Parque dos Morros tem, desde 2018, um selo extremamente importante: ele está inserido no Sistema Estadual de Unidades de Conservação (UCs) junto à Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Não se trata de um mero registro. Bem pelo contrário. Essa credencial faz com que o Parque dos Morros seja uma das 26 Unidades de Conservação do Rio Grande do Sul registradas no sistema do Estado. Ou seja, essa conquista, na prática, possibilita à prefeitura ter acesso a recursos do Fundo do Meio Ambiente, além de estar apta a obter repasses de compensação ambiental.
150 HECTARES
O parque, com mais de 150 hectares (o equivalente a 150 campos de futebol), fica na região norte da cidade. Na área, há dois biomas característicos do Rio Grande do Sul. Um deles é o Pampa (composto por campos) e o outro, da Mata Atlântica (que tem florestas, manguezais e restingas). O local é considerado rico em fauna e flora, por conta da mistura dos dois biomas.
O secretário adjunto de Meio Ambiente e gestor do parque, Guilherme Rocha, afirma que já há a garantia da liberação de uma verba de mais de R$ 300 mil, proveniente da Câmara Estadual de Compensações Ambientais, para dar início à estrutura do Parque do Morro. O recurso, inicialmente, possibilitará a construção de um espaço de administração. Isso dará condições à prefeitura a promover a abertura do parque de forma semanal. É claro que haverá necessidade de se ter a presença da guarda municipal e de vigilantes. Mas se trata de um avanço extremamente importante e significativo.
Na sequência, com mais recursos, o secretário e gestor do parque explica que serão feitas outras obras. São elas: centro de visitantes, infraestrutura (de apoio, de segurança, de combate a incêndio florestal) e, ainda, um viveiro. Entusiasta do tema e, claro, do que o parque representará para a cidade, Rocha fala sobre a abertura à população já no próximo ano:
- Será algo, sem dúvida alguma, que impactará a população. O acesso ao local e o que ele (parque) representa, com toda sua beleza natural e a vista da cidade, irá surpreender a todos.
Hoje, quem quer conhecer o parque precisa, primeiro, obter uma autorização especial, que é dada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O secretário explica que a autorização vale para os mais variados fins: visitas de escolas, de instituições e pesquisas desenvolvidas por universidades. Quando o propósito é turismo e esportes, é preciso entrar em contato com o Grupo Bandeirantes da Serra, que é responsável pela visitação turística. As autorizações especiais também são fornecidas a grupos desportivos (para fins de caminhada, escalada, entre outros).