marcelo martins

Hospital Regional: a única pauta que agora importa

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Desde que Santa Maria passou a ser assombrada pela iminência da chegada do coronavírus, vários debates se colocaram - como a necessidade de isolamento social, entre outros. Mas, um deles tornou-se principal: a abertura de leitos do Hospital Regional, que está em funcionamento desde 2018, ao ofertar apenas dois ambulatórios, mas sem oferecer um leito sequer. Frente às cobranças e à necessidade de colocar o complexo de 20 mil m² em funcionamento, a prefeitura fez frente na criação de um comitê estratégico de acompanhamento da Covid-19. Não demorou para órgãos públicos e representantes da sociedade civil levantarem a bandeira de utilização do Regional.

O desdobramento mais recente e positivo se deu, no último sábado, quando o Diário trouxe a informação de abertura de 40 leitos clínicos. Assim, no planejamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a meta é que os primeiros 20 sejam abertos até o fim do mês de abril. E os demais 20, até o começo de maio.

Buzinaço pede abertura de leitos de UTI no Hospital Regional

Frente à articulação política, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) tem cobrado o Executivo gaúcho para que os leitos venham o quanto antes, o que ganhou uma urgência maior sob a esteira dos acontecimentos da Covid-19 que já tem casos confirmados no município.

ACRÉSCIMO DE LEITOS
Também, ontem, o prefeito (na foto ao lado) esteve no complexo para acompanhar os serviços que estão sendo feitos no local. Além dos 40 leitos clínicos, ele adiantou que já se trabalha para, nas próximas semanas, que o Regional tenha o acréscimo de 10 leitos de UTI: 

- A partir de agora, estarei aqui 24h até que tudo esteja devidamente em dia para estarmos preparados para o enfrentamento à pandemia.

ENCAMINHAMENTOS
Foi assim que, nas últimas semanas, o comitê estratégico tem mantido reuniões (por videoconferência, foto) para alinhar as decisões. Na reunião, do último domingo, vários encaminhamentos foram dados. Além da prefeitura, o MPF, o MPE e o Judiciário têm auxiliado na abertura de leitos junto ao Regional, até mesmo para evitar futuras judicializações de demandas referentes ao complexo. Deste encontro, ficou definido o que cada instituição fará.  

Assim, o Ministério Público do Trabalho (MP do Trabalho) compromete-se em ajudar com a aquisição de EPIs e de insumos de testes laboratoriais (que atestam a presença da doença). Da mesma forma, a Justiça Federal disponibilizará recursos provenientes (de cobranças de penas) - e que ficam em um fundo voltado a dar apoio a instituições e causas assistenciais - para a compra de mobiliário e de lençóis, travesseiros e cobertores a serem usados nos leitos. O Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), por exemplo, ficará à frente da instalação dos aparelhos de ar-condicionado.

Já as adequações, na estrutura do Regional, que se iniciaram na última sexta-feira, estão sendo feitas por uma empresa privada contratada pelo Instituto de Cardiologia-Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), que faz a gestão do Regional.

FALTOU NO PASSADO
Somos sabedores, e isso não se apaga, que o Hospital Regional, num passado bem recente (dá para dizer: até ontem) foi uma grande dor de cabeça aos santa-marienses. Afinal, foram longos 15 anos desde a idealização, materialização e, o principal, a conclusão do complexo que está em funcionamento desde meados de 2018.  

Posso dizer que conheço uma boa parte da caminhada desta novela que, em pouco tempo, virou uma série com várias temporadas. Mas a pandemia da Covid-19 trouxe, como saldo positivo, a celeridade e a união de esforços que, até então, não se teve para fazer do Regional, de fato, um hospital.

APARELHOS PARA EQUIPAR
Para dar celeridade na equipagem do Hospital Regional, o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, e o prefeito Pozzobom já solicitaram aparelhos de uma clínica privada que que tem um passivo (fruto de uma ação judicial) para com o poder público. Assim, serão de 20 a 25 equipamentos clínicos que serão, nos próximos dias, alocados no complexo. 

PLANO B EM EXECUÇÃO
A prefeitura não deixou de lado a proposta encampada pelo MPF de que Santa Maria tenha um hospital de campanha. Porém, se isso vier a ocorrer, essa estrutura não seria no Hospital Regional, conforme adiantou um interlocutor do governo à coluna. A ideia, que já está sendo tratada junto com o Exército, é viabilizar uma área (podendo ser pública ou privada) às margens da rodovia. Preferencialmente no entroncamento de acesso ao Regional.

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