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E se fosse possível realizar apenas uma medida...

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O que será que os candidatos à prefeitura de Santa Maria diriam? Com a tendência de um orçamento bariátrico e quase que lipoaspirado, em decorrência das restrições orçamentárias provocadas pela pandemia, quem estiver no comando do Executivo a partir de 2021 terá que mostrar muito mais que boas intenções.

Será necessário, pulso firme. O que não se traduz em falar grosso ou bater na mesa. Mas, sim, em ter condições de conduzir a embarcação frente à tempestade que se anuncia: fim do auxílio emergencial que, infelizmente, irá amplificar uma crise sanitária com graves desdobramentos econômicos e sociais.  

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JÁ AGORA
Capacidade de, já no primeiro dia do governo, anunciar que a prioridade seguirá sendo a saúde - com enfoque à compra da bendita vacina que ainda não surgiu - e, ainda, sinalizar com investimentos básicos naquelas áreas essenciais. E, principalmente, manter a dignidade do servidor municipal, que não foi aviltada, com parcelamento de salários. 

Há quem pergunte, em se tratando de municipalidade, será que existe "perfumaria" a ser cortada dentro da máquina pública? Difícil dizer. Tudo dentro da engrenagem chamada administração municipal é essencial. Complicado imaginar que a supressão de uma peça não venha a comprometer o andamento do todo. Mas, mesmo assim, algo terá que ser feito. O quê? Difícil de responder.

As boas intenções que surgem no panfletário televisivo e de rádio, do horário eleitoral gratuito de propaganda, devem ser vistas com uma dose elevada de desconfiança. Até porque, em geral, tudo é permitido pela lupa de assessores e dos candidatos ao pleito de 15 de novembro.

EXCLUSÃO
Só o que não deveria ser permitido é querer enganar o eleitor a todo custo e, ainda mais, em tempos de pandemia. Pautas sindicais, corporativistas e com bandeiras de revisões salariais não serão possíveis de serem toleradas. Aliás, ainda neste ano, o Legislativo municipal demonstrou maturidade ao congelar os salários dos vereadores para a próxima legislatura (2021-2024).  

Também não será possível a realização de qualquer tipo de atividade - seja ela artística, esportiva - que preveja a colocação de dinheiro público. É complicado de prever que um governante, que queira ser gestor, sinalize com renúncia fiscal e de receita como forma de atrair investimentos para cá.

Talvez o mais ideal fosse que, já a partir de agora (durante a campanha eleitoral), os candidatos dissessem o que "não" irão fazer. Discursos realistas e realizáveis é o que se espera de um candidato sério e comprometido com Santa Maria.

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