O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), que vai buscar a reeleição no pleito de 15 de novembro, começa a ver crescer apoio em torno da frente que se forma no bloco pró-tucano. No último sábado, os presidentes dos DEM (Nelson Cauzzo), do PSL (Eloi Irigaray) e do PSDB (João Chaves) estiveram reunidos para tratar da coligação, que já mostra musculatura própria.
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Desde que o calendário sofreu alteração, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o PSDB vem se valendo do maior aliado daqueles partidos que buscam consolidar uma aliança: o tempo. Até aqui, o PSDB tem conseguido isso. Duas situações, aliás, exemplificam bem essa situação.
A primeira deles é referente ao PTB, que estará ao lado do PSDB. Os petebistas eram, até então, integrantes da Frente Trabalhista da dobradinha Marcelo Bisogno (PDT) e Fabiano Pereira (PSB). Porém, uma mudança de curso os colocou lado a lado do PSDB. O presidente do PTB local, Jair Binotto, que chegou a ensaiar um voo solo do partido à prefeitura, acabou desistindo da ideia. Assim, o PTB foi o primeiro partido a aderir ao projeto de reeleição de Pozzobom.
Mais recentemente, o PSDB ganhou a adesão do PSL, partido badalado do pleito de 2018 ao eleger Jair Bolsonaro (hoje sem partido). Do PSL, sairá o vice na chapa ao lado de Pozzobom: o empresário e ex-presidente da Cacism, Rodrigo Decimo.
O PSL é a joia da coroa. É a sigla que ofertará mais tempo de TV e ainda é o partido com maior fatia de recursos do Fundo Eleitoral. Até um bom tempo atrás, era dado como certo que o PSL estaria junto do pré-candidato Evandro de Barros Behr (Cidadania), o que não se concretizou.
BENEFÍCIO
Como se pode ver, o adiamento do pleito eleitoral para novembro trouxe, até o momento, ganhos reais ao PSDB. Agora, o próximo passo dos tucanos é demover o Democratas, aliado de primeira hora de Pozzobom, da ideia de lançar candidatura própria.
PSDB e DEM caminham, juntos, desde 2016. Parceria que começou ainda no pleito passado e que o PSDB quer manter e, claro, reeditar. Porém, uma ala do DEM tem sinalizado disposição de concorrer ao pleito municipal com Rodrigo Menna Barreto, que foi secretário de Desenvolvimento Rural do governo tucano.
Se houver um entendimento, com esse recuo do DEM de abrir mão de ter candidatura própria, a frente pró-Pozzobom ganha corpo e mostra que o tempo, quando bem utilizado, é um aliado eficiente.
