Os próximos meses devem ser de muito barulho no Congresso Nacional devido à criação de tantas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Na terça (23) ou quarta-feira (24) deverá ser instalada a CPI Mista sobre os atos de depredação dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Inicialmente só a oposição ao governo Lula (PT) defendia a investigação, mas depois que imagens vieram à tona do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente general Gonçalves Dias interagindo com vândalos no Palácio do Planalto, a gestão petista, sem alternativa, decidiu apoiá-la.
Os parlamentares têm legitimidade, claro, para criar as CPIs, mas a investigação mais apurada caberá à Polícia Federal (PF) pela sua capacidade técnica. Aliás, a PF trabalho no caso desde o dia 8 de janeiro.
Além dessa CPI, que reúne parlamentares das duas casas legislativas, há outras três exclusivas da Câmara dos Deputados. As comissões irão investigar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em relação a invasões, a manipulação do resultado de partidas de futebol e uma possível fraude financeira na empresa Americanas.
No caso da CPI do MST, o colegiado será presidido pelo deputado gaúcho tenente-coronel Luciano Zucco (Republicanos-RS) e também autor do pedido. Já o relator será do deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro (PL). A CPI do futebol (foto) terá como presidente o deputado Julio Arcoverde (PP-PI), e como relator Felipe Carreras (PSB-PE).
A comissão que irá apurar o suposto rombo nas Lojas Americanas de R$ 20 bilhões será presidida pelo deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). Para relator, foi escolhido o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC).
Como CPIs são narrativas políticas devido ao clima hostil entre lulistas e bolsonaristas, a previsão é de muito barulho e de um governo tentando apontar os malfeitos do outro. Espera-se que as comissões não atrapalhes votações importantes para o país como o novo Marco Fiscal e a Reforma Tributária.
Em ritmo de fim de mandato
O atual presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, Paulo Salerno (MDB), prefeito de Restinga Sêca, encaminha-se para o término do seu mandato à frente da Famurs. O seu substituto é Luciano Orsi (PDT), prefeito de Campo Bom, Região Metropolitana. O novo presidente da Famurs foi referendado em eleição na última quinta-feira (19).
Salerno, inclusive, já está distribuindo os convites da solenidade de posse do novo chefe da entidade em 6 de junho. A cerimônia ocorrerá no mesmo local da do prefeito de Restinga Sêca: o Recanto Maestro, na Região Central.
Em quase um ano à frente da Famurs, Salerno ganhou visibilidade por presidir a principal entidade que representa os municípios no Estado. Além de participar de várias agendas municipalistas, viajou por várias cidades do Rio Grande do Sul.