Eleição reflete na prefeitura, nos bastidores, nos microfones e no telhado de vidro

Duas baixas no governo

O governo Jorge Pozzobom (PSDB) sofreu duas baixas ao longo da semana em virtude das eleições municipais. Cotada para ser vice na chapa do pré-candidato Rodrigo Decimo (PSDB), a secretária da Educação, Lúcia Madruga (Progressistas), deixou a pasta na última quarta-feira. E ao mesmo tempo foi anunciada a superintendente Pedagógica, Gisele Bauer, como nova titular da secretaria, um nome avalizado por Lúcia.


Já na quinta-feira, o superintendente da Defesa Civil, Adão Lemos, que foi muito demandado no período das enchentes, afastou-se do cargo, uma vez que concorrerá a vereador pelo PSDB. Até sexta, não havia um substituto.

 
Tanto Lúcia quanto Lemos precisavam deixar suas funções quatro meses antes da eleição para ficarem aptos a concorrer no pleito de outubro. Portanto, o prazo se encerrou na quinta.

Em menos de 24 horas, um novo nome

Em menos de 24 horas, o MDB definiu um novo nome à prefeitura após a desistência, no último domingo, do secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, que era o pré-candidato ao Executivo. Ele optou por ficar na pasta em virtude da demanda de trabalho, causada pela devastação do Estado com as enchentes.


Na segunda-feira, o MDB se reuniu e definiu o nome da ex-vereadora Magali Marques da Rocha como pré-candidata. E, ao longo da semana, ela já conduziu reuniões de articulações com outros partidos, como Podemos e Novo, dos também pré-candidatos a prefeito Tony Oliveira e Giuseppe Riesgo, respectivamente. Ex-presidente do MDB, ela poderá encabeçar a pré-candidatura à prefeitura, como compor de vice em uma chapa. Só o tempo dirá.

 
Atualmente, ela é vice-diretora do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) e, como não é “oneradora” de despesas, só terá de deixar o cargo três meses antes da eleição, de acordo com a lei eleitoral.

 
Ainda sobre Fantinel, o seu desejo pessoal não era concorrer nesta eleição à prefeitura, mas, sim, do MDB. Acabou cedendo às pressões da sigla. Tanto que demorou a se decidir, o que contribuiu para inviabilizar alianças. E, devido à situação caótica do Estado, encontrou um bom argumento perante seu partido e até aos eleitores para continuar no Piratini.


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209.398 eleitores

Esse é o número de votantes aptos em Santa Maria para serem disputados por candidatos a prefeito e a vereador nas eleições de outubro. Em relação ao pleito municipal de 2020 – 204.282 –, foi registrado um aumento de 5.116 eleitores em 2024. Já comparado ao número de votantes na eleição geral de 2022 – 209.652 –, ocorreu uma queda de 254 eleitores. Para ter possibilidade de 2º turno, as cidades precisam ter acima de 200 mil votantes.


Com data  para anunciar pré-candidatura

O Partido Liberal (PL) anunciará o nome da sigla para disputar a prefeitura no próximo dia 14. O PL realizava uma pesquisa para definir o pré-candidato a prefeito, mas foi interrompida em razao das enchentes. Mas com a renúncia de Beto Fantinel e o desastre climático, o partido decidiu fazer um novo levantamento, conforme a vereadora Roberta Leitão, presidente da legenda.

 
Na pesquisa, são testados, além de Roberta, os nomes do vereador João Ricardo Vargas, Coronel Vargas, e do pastor Jader Maretoli. O outro parlamentar do PL, Tubias Callil, não foi incluído a seu próprio pedido devido “a questões pessoais”, segundo a presidente do PL. Aliás, Roberta e Jader (foto) estiveram juntos, durante a semana, recebendo as doções da campanha organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Luciano Zucco, tenente-coronel Zucco, no interior de São Paulo.
Sobre a composição de alianças, como com o Novo, Roberta disse que estão “abertos para coligar com qualquer partido de direita/centro-direita que desejem realmente fazer uma proposta para e por Santa Maria”.


Podemos

Quero, inicialmente, dar os parabéns para o PSDB, para a turma do Pozzobom e Rodrigo Decimo. A gestão que mais alugou prédios, escolas e até garagens. Agora, conseguiu alugar a melhor coisa para eles: o Progressistas. E não se entende: os caras foram corridos da prefeitura quatro anos atrás. O Sergio Cechin foi corrido do Regional (hospital). O PP ficou quase quarto anos batendo no Pozzobom, inclusive foi líder da oposição nesta Casa. Mas esse aluguel não será social, será com os velhos e bons cargos. O PSL, que eu fazia parte, também alugou para o Pozzobom. Eu não apoiei e não apoio até hoje”.


Tony Oliveira, vereador que é pré-candidato a prefeito, em discurso na sessão da última quinta-feira, no Legislativo de Santa Maria, criticando a decisão do Progressistas em apoiar o pré-candidato a prefeito do PSDB, Rodrigo Decimo. Por isso, pediu ao vereador Pablo Pacheco, presidente do Progressistas, para “se retirar do bloco de oposição” ao Executivo. Ele também se referiu ao seu antigo partido, o PSL, ao qual participou da coligação com os tucanos, justamente com Decimo de vice. Ainda criticou o que chamou de “politicagem”, referindo-se ao pré-candidato a vice do deputado Valdeci Oliveira (PT), José Farret (União Brasil). “Eu nunca vi: Farret de direita está lá com o PT”.


Progressistas

(...) Se eu fui convidado para sair do bloco de oposição, na verdade, faço questão de sair. Se eu não sou bem-vindo em fazer uma oposição responsável, como sempre fiz... Eu nunca falei mal do Pozzobom, do Rodrigo Decimo... Eu fiz críticas que precisavam ser feitas. Provavelmente, vossa excelência tenha cargos indicados no governo do Estado, mas nunca deixou de fazer críticas ao governo Eduardo Leite. Existe, sim – e não tenho por que esconder, seria uma hipocrisia minha –, pessoas do meu partido que pediram oportunidade dentro da prefeitura. Teve meu consentimento? Não, porque não precisam. Mas quero deixar muito claro: o Progressistas não é um partido de aluguel, é o terceiro maior partido da cidade e o maior de direita”. 


Pablo Pacheco, vereador e presidente do Progressistas, rebatendo as acusações do colega Tony Oliveira. Indiretamente e sem citar nomes, ele insinuou que o pré-candidato a prefeito do Podemos tem cargos no Piratini. Mais tarde, Tony voltou à Tribuna e admitiu que sua esposa trabalha no governo do Estado. “Minha mulher tem cargo no Estado sim, ela trabalhou para Eduardo Leite”, disse Tony. 


PSol

O PSol de Santa Maria decidiu concorrer com candidatura própria à prefeitura, porém não definiu, ainda, o nome. Primeiro, irá concluir a elaboração do programa de governo, informou o presidente do partido, Alidio da Luz.    


PRD

Resultado da fusão entre PTB e Patriota, o Partido da Renovação Democrática (PRD) anunciou que irá lançar, oficialmente, o nome do dentista Moacir Alves, conhecido como Dr. Moacir, à prefeitura. O ato será em 19 junho, às 19h30min, no plenarinho da Câmara de Vereadores.


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