Fotos: Natália Venturini (Diário)
Rua Célio Schirmer está toda esburacada
Há nove anos, Paulo Cezar Santos Almeida, 56 anos, mora na Rua Engenheiro Rogério Tochetto, esquina com a Rua Célio Schirmer, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, em Santa Maria. Mas o advogado e a vizinhança são constantemente afetados com os problemas que ocorrem em um bairro vizinho: o Nonoai. É que a Rua Célio Schirmer divide os dois locais e está, entre outras coisas, cheia de buracos. Os moradores das imediações reclamam das crateras no local e do acumulo de água em dias de chuva. Já nos dias quentes, é a poeira que toma conta da via.
- Eu tenho que cuidar, quando tiro meu carro da garagem, para não cair em um buraco. Os motoristas têm que passar quase parando. Nunca vi manutenção aqui - reclama o advogado.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os buracos
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, não há previsão orçamentária para executar a pavimentação da Rua Célio Schirmer. Conforme a pasta, no final de 2017, foi realizada uma manutenção na via, com patrolamento
Moradores do bairro Rosário convivem com assaltos a pedestres e estabelecimentos
Outro problema que afeta a vida da comunidade são os dois terrenos baldios localizados na Travessa Ceará, que estão cheios de mato e lixo. Além disso, passa uma sanga pelo local e, em dias quentes, a vizinhança reclama do forte cheiro originado do curso d'água. De acordo com os moradores, a área pertence ao poder público, que chegou a fazer o cercamento dos terrenos, mas isso não inibiu a ação de quem joga lixo. Além disso, atualmente, as cercas estão tomadas pelo mato.
- Minha esposa sempre caminha com os nossos cachorros pelas ruas aqui do bairro e, tempos atrás, logo que ela saiu de casa, viu que um carro parou perto dos terrenos e dois colchões velhos foram deixados ali. A pessoa nem disfarçou para sair - lamenta Almeida.
Segundo ele, anos atrás, a vizinhança fez uma força tarefa para realizar a limpeza dos terrenos, mas nada mais foi feito depois disso. Hoje, há até fogões enferrujados, sacolas plásticas e caixas de papelão perto do córrego. O mato está bem alto e toma toda a calçada do entorno. A situação prejudica a visão de motoristas e pedestres.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os terrenos baldios, calçamento, sangas e lixos
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, os dois terrenos são áreas públicas e será realizada uma vistoria em ambos. Em sendo constatados os focos de lixos, a prefeitura diz que os terrenos serão incluídos no cronograma de limpeza, mas a prioridade da pasta, agora, são locais em que há suspeita de leishmaniose
Buraqueira incomoda moradores do Bairro Boi Morto
Além disso, falta sinalização no cruzamento das ruas Célio Schirmer e Engenheiro Rogério Tochetto com a Travessa Ceará.
- Eu passo aqui todos os dias para caminhar. Até agora, nunca sofri nada, mas estou sempre me cuidando e cuidando o trânsito. Também nunca presenciei nenhum acidente, mas já fiquei sabendo de pessoas que caíram e se machucaram ou que sofreram acidentes por conta da falta de calçada - diz uma moradora que pediu para não ser identificada.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os acidentes e a falta de sinalização
A Secretaria de Mobilidade Urbana garante que providenciará a troca da placa "Pare" que está em condições precárias e que vai colocar mais uma placa de sinalização na via.
Diário disponibiliza edição histórica de 27 de janeiro de 2013
Foto: Natália Venturini (Diário)
Muro da escola municipal caiu após temporal em outubro do ano passado e, até agora, não foi consertado
PERIGO
A mulher vive há 18 anos no bairro e conta que não se lembra de ter visto manutenção nas ruas e nas calçadas.
- Essas calçadas são uma vergonha. Cadeirantes e idosos não conseguem passar por aqui e precisam ir por outros lugares, às vezes, mais longes - diz ela.
Outra demanda que preocupa a comunidade é o muro da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Luiz Victor Sartori, que caiu após o temporal do dia 19 de outubro e, até agora, não foi consertado.
- O sentimento é de abandono. O mato está tomando a calçada e, quando as crianças saem da escola, precisam caminhar pela por causa da falta de calçamento. Elas se arriscam já que, aqui na rua, o fluxo de veículos é bem intenso - reclama o militar Volmir Teichmann, 51 anos.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o muro da escola
Conforme a Secretaria de Educação, após o vendaval de 19 de outubro, a Escola Dom Luiz Victor Sartori formalizou um pedido de reparo nos estragos ocorridos, que foi encaminhado para a Secretaria de Município de Estruturação e Regulação Urbana. Ainda será feito um projeto definitivo para o muro e não há data para que o serviço seja executado porque não há verba. Segundo a prefeitura, a escola está entre as prioridades do Executivo
LINHA DO TEMPO: os principais fatos da tragédia
