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Medo de desabamentos e rua cheia de buracos incomodam moradores da Vila Bilibio

Foto: Natália Venturini (Diário)
Rua Marconi Mussoi tem muitos buracos e pedras soltas


Na pacata Rua Marconi Mussoi, na Vila Bilibio, existem 116 inscrições entre residências, comércios e terrenos, conforme o setor de Cadastro Imobiliário da prefeitura de Santa Maria. A vila fica localizada no Bairro KM 3, na região nordeste da cidade e sofre com diversos problemas, entre eles, o risco de deslizamento de terras, já que os moradores vivem na encosta de um morro. Reportagens do Diário já mostraram várias ocasiões em que moradores precisaram ser retirados de casa por conta do problema. Os que ainda estão no local vivem com medo de não ter para onde ir na próxima chuva forte que atingir a cidade.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os problemas de deslizamento de terra
A Defesa Civil diz que já houve a retirada de moradores das áreas de risco, fazendo com que casos de deslizamento não prejudiquem a comunidade de forma mais grave nesse momento. 

Ruas esburacadas incomodam vizinhança do Bairro Renascença

Além disso, a rua íngreme e de chão batido está tomada por buracos. Os trechos que estão em melhores condições de tráfego foram arrumados pelos próprios moradores, que desembolsaram recursos próprios para fazer os consertos.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de pavimentação e a buraqueira na Rua Marconi Mussoi
Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, a via não recebe manutenção em razão das questões jurídicas, ambientais e técnicas, já que a última avaliação de solo do local foi realizada pela Defesa Civil há dois anos. Ainda de acordo com a pasta, para o local possa receber melhorias, um novo laudo técnico para análise dos atuais problemas e condições da rua deve ser realizado. Não foi dado prazo para que a solicitação seja encaminhada
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de calçamento e manutenção nas ruas
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos diz que os trechos podem ser inseridos no cronograma de manutenção da pasta por intermédio de abertura de protocolo na secretaria. O setor funciona de segunda à sexta-feira, das 7h30min às 11h30min e das 13h30min às 15h, na Avenida Medianeira, número 179.

Faltam calçamento e sinalização no Bairro Nonoai

- Em dias de chuva, é comum a gente sair correndo de dentro de casa para socorrer os vizinhos que caem no lodo dessa rua. Meu filho já caiu, eu já cai e ralei o joelho e torci o tornozelo. O sentimento é que estamos abandonados, eles (poder público) só vêm aqui na vila em época de eleição para pedir votos. Não vejo a hora de me mudar - diz uma mulher que vive há 10 anos da Vila Bilibio e que pediu para não ser identificada.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre as pessoas que se acidentaram na Rua Marconi Mussoi
A Defesa Civil já realizou intervenções na área com o objetivo de evitar possíveis deslizamentos, já que a via apresenta movimentos de solo. Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, para a realização dos serviços na rua, será elaborado um laudo pela equipe técnica para a possibilidade de uma intervenção na rua. Não foi informado prazo.

Está bem difícil passar pelas ruas do Bairro Lorenzi

Essa mesma moradora disse que já precisou levar o carro para manutenção várias vezes por conta de danos decorrentes do estado da rua. Ela também diz que já socorreu vários motociclistas que derrapam ao subir o morro pela via danificada.

SEM TRANSPORTE 
Outra reclamação diz respeito à falta de saneamento básico na vila. Os moradores dizem que a maioria da vizinhança tem fossa em casa, mas, em alguns lugares, o esgoto corre a céu aberto, provocando mau cheiro, sobretudo em dias quentes.
O QUE DIZ A CORSAN Sobre a falta de saneamento
O Diário entrou em contato com a Corsan, mas, até o fechamento desta edição, a companhia de saneamento não havia dado retorno.

Buraqueira incomoda moradores do Bairro Boi Morto

Além disso, a vizinhança precisa ir até a BR-158 para ter acesso ao transporte coletivo, já que as linhas não sobem a Rua Marconi Mussoi.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de transporte público
Conforme a assessoria de comunicação da prefeitura, um pedido deve ser formalizado para que um estudo para a implantação de uma linha seja feito no local. Os moradores devem ir pessoalmente ao Protocolo Geral, nos guichês 15 e 16, localizado no Centro Administrativo Municipal, na Rua Venâncio Aires, 2.277, no primeiro andar, das 7h30min às 13h, de segunda a sexta-feira.

Dois lixões no Loteamento Brenner incomodam moradores

- Em dia de chuva, subir e descer essa rua já é difícil, imagina com criança. Eu passo por essa rua umas sete ou oito vezes por dia, subo e desço sempre a pé, já que não tenho veículo particular. Há dias em que eu preciso pagar um táxi para poder buscar meu pequeno na escola - lamenta a artesã Maria Rosangela Lucas de Almeida, que mora na Vila Bilibio desde que nasceu, há 42 anos.

Ela também diz que, muitas vezes, precisa pedir carona aos vizinhos e familiares para poder vender o artesanato que produz. Ela lamenta que, no local, não existam nem escola infantil e nem posto de saúde.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de escola infantil
Segundo a Secretaria de Educação, as crianças da Vila Bilibio são encaminhadas para a Escola Municipal de Educação Infantil Montanha Russa ou para a Escola Infantil Santa Rita, não tendo previsão de uma nova escola na vila.

Moradores do bairro Rosário convivem com assaltos a pedestres e estabelecimentos

- O posto de saúde mais próximo fica no Bairro São José. Seria ideal para vários idosos aqui da vila que tivesse, ao menos, uma ESF (Estratégia Saúde da Família) - argumenta ela.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta do posto de saúde
Segundo a Secretaria de Saúde, o referido bairro faz parte das regiões prioritárias de maior vulnerabilidade e já existe um projeto de construção de uma unidade de saúde no local. É preciso fazer um processo de licitação e não há prazo.


Foto: Natália Venturini (Diário)
Terrenos estão com mato alto e viraram depósito de lixo


Reclamações como falta de placas de sinalização e terrenos baldios com mato alto e lixo acumulado também são constantes entre os moradores.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de placas de sinalização
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, o contrato de concessão com a empresa contratada para fornecer placas de identificação era de 10 anos e já foi encerrada. O Executivo trabalha no processo para a abertura de um novo processo licitatório para a escolha da nova empresa. Não foi dado prazo para que o processo seja concluído e para que a sinalização e as placas sejam providenciadas.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os terrenos com mato alto e lixo acumulado
A Secretaria do Meio Ambiente diz que a limpeza de terrenos privados é de responsabilidade dos proprietários. Mas que, nesse caso específico, foi aberto um processo para verificar os focos de resíduos no local e se os terrenos são públicos. Caso o terreno seja do município, o mesmo será inserido no cronograma de limpeza da prefeitura. Não foi dado prazo para o serviço.






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