crônica

Daqui um pouco


Daqui um tempo vou (des)envelopar palavras, que não foram usadas, para gastá-las sem medo! Vou soprar o pó que se grudou e dar brilho a elas com gentileza, como quem limpa cristal. Vou catar as mais bonitas para fazer mudas novas para que, de tempo em tempo, caso necessário, possa distribuir como presente aos que estão precisando renovar o dicionário pobre, limitado, e que grudam na garganta que já não canta, e só suspira...

Daqui um tempo, vou espanejá-las ao sol dos olhares, quando as lembranças esmaecerem e as lágrimas forem só de alegria e sentimentos bons... Vou combiná-las como se soubesse fazer versos antigos e/ou renovados, pois sentimentos ganham apelidos ao longo da vida, mas o significado e essência são os mesmos! Vou revisitar os termos que possam ter agradado mais aos ouvidos atentos, e aos olhos curiosos de quem leu e, principalmente, entendeu nas entrelinhas!

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Quem sabe num arroubo de raspar coração, verbalizar as "entrelinhas" escandalosamente, sem medrosos e suspeitos preconceitos. Vou afofar os sentimentos, arejar e perfumá-los, pois quase mofaram por falta de uso... Vou cardar com carinho a esperança para repousar a cabeça limpa e leve de maus pensamentos, pois tristezas e machucaduras viraram culpas e dolorosos calos emocionais...

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Ah! E vou curá-los com respingos de paz e replantar sementes de humildade e generosidade no entorno! Vou catar os espinhos com luvas (se machucaram outros, machucaram mais em mim) que, por descuido, joguei ao vento... Vou tentar reverter as saudades e as ansiedades enoveladas no coração, para liberar o sopro da vida que abre suas janelas aos sonhos guardados (ainda e sempre)... Pois de que valem sonhos presos, inconclusos se perderem o rumo, sem chance de se concretizar? E desperdício é crime... Isso eu sei!

Vou decifrar, tentando reler o que rascunhei, apartando e apertando com as mãos (como quem faz suco de uvas doces amassando com os pés)...Vá que os respingos adocem outras vidas, outras bocas e brotações novas surjam!? Ah! Mas não vou ter pressa, além da necessidade de palmilhar as estradas que ainda pretendo percorrer, com os pés ou com a cabeça que "avoa" pensamentos, observando as necessidades e desejos dos outros parceiros de vida e caminhantes de trilhas semelhantes... Ou opostas.

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Aceitar os seus rumos (sem bussola ou rota marítima de astros), pois ao aguçar a curiosidade, nos leva sempre a invadir a dos outros, tentando entender e ver quais as suas necessidades, e se justificam seus passos vacilantes... Aí, resoluta, seguir procurando com sorrisos já refeitos e/os ainda murchos, para ajudar os desconectados sentimentos no cofre "coraçãomente"... Vá que reste algo que sirva para recomeço, e se volte a lembrar? Daqui um pouco quando reconhecermos as lições e expurgarmos os erros será hora de amalgamar com fé o velho coração que ainda resiste, corado de falsa vergonha, e apurar os ouvidos, e com esperança renascida ouvir dele:

- Ainda dá! Segue tua trilha! E acreditar que existe tempo, e dá sim, pra se jogar sentimento/amor, no tabuleiro mundo!

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