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Trio técnico da Secretaria da Saúde dá o tom do primeiro embate

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Ontem, ao completar quatro meses da primeira vacinação contra a Covid-19 em Santa Maria, a Comissão de Saúde do Legislativo escutou o titular da Secretaria de Saúde, Guilherme Ribas, quanto aos trabalhos da pasta em meio à pandemia.

Com ele, estiveram a secretária adjunta, Ana Paula Seerig, e a enfermeira responsável do Setor de Imunizações da prefeitura, Cecília Mariane Pinheiro Pedro. A ida do trio, que é a espinha dorsal desse processo de imunização dos santa-marienses contra a Covid-19, era um pleito de vereadores que careciam de esclarecimentos do Executivo nesse processo.

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Visivelmente nervoso no começo, o secretário Guilherme Ribas deixou a apresentação inicial de esclarecimento da condução da vacinação à dupla Ana Paula e Cecília. Didáticas, diretas e técnicas, elas deram uma explicação que conseguiu aproximar do público desde as terminologias - adotadas pelo Ministério da Saúde - à tradução das normativas dos governos federal a estadual. Se o espaço era para uma fala técnica e esclarecedora, as profissionais o cumpriram com êxito.

É claro que, dentro de uma Casa essencialmente política, onde vereadores se valeram desse espaço para elevar o tom contra o governo, Ribas se amparou nas colegas de governo. Guiados por um plano nacional e ao observar grupos prioritários, o trio explicou como, frente às incertezas que se anunciam diariamente, foi necessário ter uma gestão de crise.

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Técnico e com cabedal de conhecimento da pasta, Guilherme Ribas terá de deixar a tecnicidade de lado se quiser defender o legado dele e do governo no avanço da imunização dos santa-marienses. Ainda que Ana Paula e Cecília tenham feito isso, o secretário é Guilherme Ribas. E caberá a ele, daqui pra frente, centralizar as respostas que virão do Legislativo, que desempenha o papel que é o dele: o de fiscalizar o Executivo. E, mais, sem deixar com que isso traga qualquer comprometimento das ações de imunização da sociedade.

QUESTIONAMENTOS

Os parlamentares governistas se limitaram a dizer que estavam "satisfeitos" com as respostas. A oposição começou, ontem, a aquecer os canhões da artilharia contra o governo. É apenas o início de uma longa batalha que será travada, logo ali adiante, em duas CPIs. O bom combate deve ser feito de forma a trazer esclarecimentos à população e sem trampolim político. Seja do governo, de fazer da pandemia "uma bengala", ou dos vereadores, de tentarem faturar politicamente em meio a um momento tão delicado e dramático.


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Marcelo Martins