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Para que Santa Maria não tenha (mais) janelas quebradas

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Prefeitura iniciou a instalação de controladores de segurança que, entre outros, poderão multar veículos que excederem velocidade em, pelo menos, três avenidas

A criminalidade se alimenta de todo o tipo de desordem. Foi assim que, em meados dos anos de 1980, difundiu-se a teoria da janela quebrada. Nela, basicamente, é dito que se alguém quebra uma janela e, no caso, de ela não ser consertada, outras (janelas) serão quebradas. É nada mais do que uma anuência, uma clara sinalização para que se permita que o caos e o descontrole se incorporem à rotina de todos nós.

Os grandes centros urbanos do país se acostumaram a viver em meio a uma realidade de violência e de banalização de assassinatos e de tantos outros crimes. O fato é que Santa Maria, por mais provinciana que seja (em determinadas áreas), se transformou em um nicho onde a violência há anos se instaurou no dia a dia da população. Quando isso acontece, se espera das forças de segurança pública que medidas sejam tomadas na tentativa de rebater a ação de criminosos. E é o que, até o fim do ano, o município terá com o chamado Centro Integrado de Operações e Emergência (Ciope)

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Neste endereço, que será ofertado no centro da cidade (na Avenida Medianeira), haverá um serviço que tem uma função primordial no combate à criminalidade: o cercamento eletrônico e o videomonitoramento da cidade. A plataforma, que funcionará de forma integrada com BM, Polícia Civil, é a possibilidade de unir informações até então dispersas. Ou seja, é o fim de processos e de métodos morosos. Até porque é com inteligência - e não com truculência - que se combate a bandidagem e se coloca essa gente atrás das grades.

Agora, até o fim do mês de novembro, Santa Maria terá 691 câmeras em funcionamento que, juntas, irão monitorar 146 locais. A conquista é duplamente importante. Primeiro porque o cercamento dá fim a um hiato de 15 meses que a cidade estava desguarnecida de funcionamento de quase 500 câmeras. A outra é a sensação e, claro, a percepção de uma maior segurança. O investimento é alto. Serão R$ 5,8 milhões por ano para um contrato de até cinco anos. Se espera que, desta vez, o serviço não tenha descontinuidade.

A escolha da prefeitura em, inicialmente, colocar câmeras em três avenidas - Helvio Basso, Walter Jobim e Diácono João Luiz Pozzobon - se mostra, até aqui, acertada por duas questões. A primeira delas é que, são pontos, que se tornaram uma dor de cabeça para a BM por serem pontos de tumulto de baderna e de práticas de trânsito arriscadas - como rachas e tantos outros incômodos para quem vive no entorno dessas avenidas. E, de lambuja, se tem um acréscimo de arrecadação, já que os equipamentos poderão multar quem exceda a velocidade e também aqueles que circulam com o IPVA em atraso.

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Marcelo Martins