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O que se pode esperar das eleições de 2020

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Há, até aqui, para a eleição à prefeitura de Santa Maria um cenário: Jorge Pozzobom (PSDB) buscará a reeleição e todos os demais estarão, ainda que não juntos, contra ele. E o eleitorado local (boa parte dele) segue à espera de um nome que fuja da política tradicional. Será possível que, neste pleito, tenhamos um nome fora do espectro de sempre, um outsider que se mostre verdadeiramente atrativo e como uma novidade (não algo apenas embalado, por peças publicitárias, para enganar o eleitor)? Difícil. Mas, como diz o ditado, "vá que o céu se abra" (sem aqui fazer qualquer conotação à bancada evangélica ou da vertente que for). 

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O tucano vai se valer literalmente da máquina pública - puxada pelo empréstimo de R$ 28 milhões - para recauchutar as ruas da cidade e fazer um paliativo no campo. Aí está o carro-chefe do político e, igualmente, o maior gargalo a ser enfrentado.

Contudo, ainda que não admita publicamente, Pozzobom e seu secretariado mais próximo tem dito que o legado da gestão tucana, até aqui, "é pensar e fazer a cidade do futuro". Afirmam isso para justificar medidas que, aos olhos do grande público, não dão votos como, por exemplo, as medidas compensatórias e algumas obras de drenagem pluvial.

Mas o que Pozzobom aguarda para badalar é o lançamento, a inauguração oficial do chamado Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), um investimento de R$ 5,8 milhões - bancada integralmente pela prefeitura - para permitir o funcionamento de quase 700 câmeras. 

Porém, a exemplo de Valdeci (PT) e Schirmer (MDB), que buscaram a reeleição e levaram, outros tantos tentaram atrapalhar os planos da tão almejada continuidade. Pozzobom terá igual dificuldade.

Começando pelo PT, o partido terá o vereador Luciano Guerra - que nem os próprios petistas - têm sequer uma remota esperança. O MDB irá, ao que tudo indica, com o vereador e atual secretário de Saúde do governo Pozzobom, o médico Francisco Harrisson. Emedebistas tentam badalar o nome que é pouco conhecido que já estaria praticamente certo (e convicto) em concorrer a prefeito.

O Progressistas do vice-prefeito Sergio Cechin, como já adiantou a colunista Jaqueline Silveira, deverá receber um afago de Pozzobom (leia-se uma secretária) para ficar onde está. Ou seja, progressistas seguirão bem acomodados no ninho tucano.

O PDT se ensaia, de novo, com Marcelo Bisogno. Salvo alguma mudança de rumo, os pedetistas devem ficar pelo caminho com Bisogno que teria muito mais chance à vereança, admitem os próprios colegas de sigla.

Há ainda o pastor Jader Maretoli (Republicanos), que é secretário adjunto de Esporte e Lazer do governo Eduardo Leite (PSDB), e que deve estar na disputa eleitoral deste ano. Ele ficou em 4º lugar no pleito de 2016 e aposta, desta vez, em ser o ungido, o escolhido pelo voto do eleitorado.

Já o santa-mariense, que não olha siglas, quer - e não é de hoje - um nome de fora do mundo da política. Ou seja, alguém com uma trajetória à margem de partidos e que não tenha no currículo apenas cargos e mandatos empilhados. Em livre tradução: alguém que não seja um profissional da política.

Um candidato com habilidade de gestão - se possível com conhecimento da máquina pública -, com trânsito em meio ao empresariado e que seja agregador e, claro, com articulação necessária para aprovar o que for a favor do município no Legislativo. Quem apresentar esse nome ou, ao menos, o mais perto disso, levará a eleição. Do contrário...  

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